De acordo com dados do Ministério da Administração Interna (MAI), poderão votar já no domingo 252.209 eleitores, que se inscreveram previamente e escolheram o município onde poderão exercer o seu direito.

Nas eleições legislativas de 10 de março, inscreveram-se para o votar antecipadamente 208.077 eleitores, número inferior aos 285.848 que optaram pela mesma modalidade nas legislativas de 2022, realizadas ainda em contexto de pandemia.

Instituída com a entrada em vigor da Lei Orgânica n.º 3/218, por ocasião da eleição de deputados portugueses ao Parlamento Europeu em 2019, a modalidade de voto antecipado tem registado sempre um crescimento, com exceção do decréscimo verificado nas últimas legislativas, em relação às de 2022.

Há cinco anos, nas eleições europeias de 2019, votaram em mobilidade 13.455 eleitores, número que aumentou para 50.638 nas eleições legislativas do mesmo ano, e para 197.903 nas presidenciais de 2021, realizadas durante a pandemia de covid-19.

Os eleitores recenseados em Portugal puderam inscrever-se até quinta-feira para votar antecipadamente em mobilidade, uma semana antes das europeias, marcadas para 9 de junho,

Nesta modalidade, os eleitores inscrevem-se num local de voto à sua escolha num município do continente ou das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, através de meio eletrónico em www.votoantecipado.mai.gov.pt ou por correio enviado para a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Caso o eleitor se tenha inscrito para votar em mobilidade, mas não consiga exercer esse direito na data prevista, 2 de junho, poderá votar no dia das eleições europeias, em qualquer ponto do país.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, já anunciaram que irão votar antecipadamente no domingo, uma semana antes das eleições, nas quais 10,8 milhões de eleitores inscritos elegerão 21 dos 720 eurodeputados.

Em Portugal, concorrem às eleições europeias 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.

Portugal registou, nas europeias de 2019, a pior taxa de abstenção (68,6%) desde que pertence à União Europeia, em contraciclo com a participação na Europa – cerca de 50%.

Para tentar inverter essa tendência – além do voto antecipado de doentes, presos e no estrangeiro, ou do voto antecipado, no domingo 2 de junho – este ano há uma nova modalidade, só possível por existirem “cadernos eleitorais desmaterializados”.

No dia 9 de junho, os eleitores portugueses vão poder votar em qualquer parte do país, ou também na véspera, se estiverem no estrangeiro.

Os cidadãos não têm de informar previamente ou fazer uma inscrição para irem votar fora da sua mesa de voto habitual, ou seja, basta aparecer num local de votação.

Caso o eleitor se tenha inscrito para votar antecipadamente, mas não consiga exercer esse direito na data prevista, 2 de junho, poderá votar no dia das eleições, 9 de junho.

Antes das eleições europeias de 2019, a possibilidade de votar antecipadamente era permitida a eleitores residentes no estrangeiro, internados em unidades de saúde, ou a cumprir pena de prisão.