Numa reunião celebrada hoje de manhã, o grupo do PPE – que integra o PSD e o CDS-PP – aprovou por maioria qualificada as novas regras internas, “de forma a adaptá-las ao atual funcionamento do Grupo, nomeadamente para permitir um bom funcionamento à distância”, mas que também especificam novos procedimentos relativos às condições para as suspensões e exclusões, que passam a abranger delegações inteiras e não apenas deputados.
Ainda a reunião do grupo parlamentar decorria, quando o líder parlamentar, Manfred Weber, anunciou que, na sequência da adoção do novo regulamento interno, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, lhe comunicou a saída do Fidesz, o seu partido, do PPE.
Na missiva dirigida a Weber, à qual a Lusa teve acesso, Orbán considera que as alterações ao regulamento interno do PPE constituem “claramente uma jogada hostil contra o Fidesz”, que deixa assim o grupo com efeitos imediatos.
Este desfecho parece colocar um ponto final num longo mal-estar no seio do grupo, do qual o Fidesz já estava suspenso há dois anos – desde março de 2019 -, por várias posições consideradas antieuropeias e medidas, ao nível governamental, julgadas atentatórias aos direitos fundamentais, o que levava muitos membros do PPE a reclamarem a sua exclusão.
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