A oito meses das eleições de 2019 para o Parlamento Europeu, os temas europeus dominam esta iniciativa conjunta da JP e do gabinete de estudos do CDS, em Peniche, que se inicia na quinta-feira, com um debate com o eurodeputado Nuno Melo, e é encerrada no domingo pela presidente do partido, Assunção Cristas.
Luís Marques Mendes, ex-líder social-democrata e conselheiro de Estado, é o convidado de um jantar-debate na sexta-feira para, com Diogo Feio, ex-eurodeputado e diretor do gabinete de estudos do CDS, falar sobre Portugal e a Europa.
“A escola de quadros é um momento aberto ao debate, em que não se ouvem apenas as pessoas que têm as ideias do CDS. Esperamos que uma conversa sobre o futuro de Portugal e da Europa seja um momento relevante”, disse à agência Lusa Diogo Feio.
Marques Mendes explicará as suas ideias “dentro de lógica democrática saudável”, poderá ser questionado pelos jovens escolhidos pela JP, neste momento que “não é pensado para se ouvirem apenas as posições oficiais dos partidos, explicou.
No dia seguinte, à mesma hora, será Paulo Portas, antecessor de Cristas e ex-vice-primeiro-ministro no anterior Governo PSD/CDS, a falar sobre a Europa e o Mundo, um ano depois de, na anterior edição da escola de quadros, ter abordado a questão dos nacionalismos e populismos.
Com um programa que se estende por quatro dias, os jovens do CDS são também convidados a ouvir o tenente-general Faria de Meneses, da reserva, sobre os desafios da defesa.
A duas semanas de ser votado no parlamento uma comissão de inquérito proposta pelo CDS sobre o caso de Tancos, os jovens centristas vão ouvir o oficial que se demitiu de comandante das Forças Terrestres por, segundo o Expresso, discordar da forma como foram demitidos cinco comandantes no caso do furto de armas, em 2017.
Esta iniciativa pretende, segundo Diogo Feio, juntar ação e formação, pondo jovens do partido a refletir sobre os problemas da Europa a pouco meses do ato eleitoral para eleger os eurodeputados portugueses.
“Tantas vezes se fala do populismo a nível euro, de problemas financeiros que agora são de natureza política, nada melhor do que por os mais jovens dentro dos partidos a ter essa reflexão sobre essas matérias”, afirmou Diogo Feio.
Depois do futuro da Europa, abordado na quinta-feira por Nuno Melo, cabia de lista do CDS às próximas eleições, na sexta-feira os alunos poderão discutir como está Portugal na chamada revolução digital, com Leonor de L’Hermite, quadro e responsável de turismo da Google, e Sebastião Lancastre, fundador e diretor executivo da empresa EasyPay.
Ao fim da tarde, e antes de ouvir Marques Mendes, há um painel sobre o futuro da direita na Europa, com o deputado e ex-ministro Pedro Mota Soares e Henrique Burnay.
No sábado há ainda um painel sobre o futuro da comunicação social com Raquel Abecassis e Mário Crespo, e outro com Raquel Vaz Pinto, professora universitária e autora dos livros “Portugal para lá do Relvado” e “Os portugueses e o Mundo”.
“Tudo isto durante quatro dias em Peniche com um ambiente que se pretende que seja de formação e convívio e em que os jovens vão poder conhecer dirigentes do partido que estão longe do seu contacto direto”, resumiu Diogo Feio.
Antes do encerramento da escola de quadros no domingo, com intervenções de Diogo Feio, Francisco Rodrigues dos Santos, líder da JP, e Assunção Cristas, haverá ainda oportunidade para alguns dos 100 “alunos” terem cinco minutos para apresentar uma boa ideia.
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