“Há um espaço de cooperação e há uma disponibilidade muito grande desses países para a cooperação em várias áreas, em várias frentes”, afirmou Paulo Raimundo, explicando ter sido esta a mensagem que ouviu dos presidentes dos vários presidentes dos países que participaram, na quinta-feira, nas comemorações do 25 de Abril.
Sem esclarecer se concorda ou não com a posição do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a necessidade de o Governo português avançar com a reparação histórica às antigas colónias, o líder do PCP afirmou que “há uma história que não pode ser esquecida” e que essa “é uma grande exigência que o povo português e o povo da das ex-colónias têm para com a verdade e para com as gerações futuras”.
Dos discursos proferidos pelos chefes de Estado de países africanos, nas comemorações, Paulo Raimundo destacou hoje “a questão fundamental do papel de uma luta comum”, entre os povos das colónias e o da metrópole, “de libertação do país, dos seus países e do nosso povo do fascismo”.
Esse é “o grande elemento de unidade” que o líder do PCP entende ser fundamental, numa altura em que “a história não pode ser esquecida”, mas em que, por outro lado, importa “olhar para a frente com a vantagem de se ter por parte desses povos, desses Estados, toda a disponibilidade para cooperar no futuro”.
“Há uma unidade comum, há uma linha de pensamento comum de que os povos das colónias e o povo português se libertaram do fascismo”, disse, vincando “o papel determinante desses povos na libertação do fascismo”.
Paulo Raimundo falava em Peniche, no distrito de Leiria, onde hoje integrou uma delegação do PCP que participou no desfile promovido pela União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP).
Uma marcha com centenas de pessoas para assinalar “um data extraordinária”, afirmou Paulo Raimundo, lembrando que há 50 anos “os presos políticos que estavam aqui neste forte foram libertados”.
A comemorar o ” fim do fascismo, o fim das prisões, o fim do regime odioso, do regime fascista e autoritário”, o líder do PCP terminou a marcha no Forte de Peniche, que foi “um dos símbolos maiores” do regime e onde hoje foi inaugurado o Museu da Resistência e da Liberdade.
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