Nas perguntas dirigidas ao Ministério da Economia, o grupo parlamentar do PCP quer saber qual a apreciação que a Autoridade da Concorrência, a ASAE e a Comissão Nacional de Proteção de Dados estão a fazer da campanha ao novo plano de saúde, enquanto à Saúde pergunta se está a acompanhar este plano.
A Sonae lançou em outubro um plano de saúde para titulares do cartão Continente que, numa parceria com a seguradora AdvanceCare, atribui descontos em serviços de saúde privados e traduz a aposta do grupo na área do bem-estar.
“Temos uma estratégia clara na área da saúde e do bem-estar, que é uma nova avenida de crescimento, e esta é a primeira materialização dessa estratégia”, afirmou então em declarações à agência Lusa a administradora da Sonae MC responsável por este segmento.
De acordo com o grupo parlamentar comunista, a informação prestada na página da Wells, para aceder ao plano “basta ter efetuado uma média mensal de 50 euros em compras nos últimos seis meses com o seu cartão Continente, nas lojas Continente, Well's e/ou Meu Super, para estar abrangido pelo plano de saúde durante os seis meses seguintes”.
Isto é, para ter descontos na ordem dos 40% em cuidados de saúde, os subscritores têm que ter gasto pelo menos 300 euros nos seis meses anteriores, o que "não é claramente fornecida, pelo que podemos estar perante publicidade enganosa".
Na missiva, o PCP aponta que associar o plano de saúde a compras no montante igual ou superior a 300 euros "poderá significar a prática de venda de mercadorias ou serviços abaixo do seu custo nas referidas lojas do grupo Sonae ou nos prestadores de saúde convencionados".
"A confirmar-se, este facto corresponderá a uma prática identificada como violação da concorrência e manipulação do mercado prevista no Código da Concorrência", denuncia o partido.
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