"Vamos dizer ao Governo que é preciso medidas urgentes de conquista e devolução de direitos", disse a parlamentar do PCP, cujo grupo parlamentar foi responsável pela chamada do responsável governativo à comissão de saúde, juntamente com o BE.
Segundo a deputada comunista, que prometeu também questionar Adalberto Campos Fernandes sobre o andamento das negociações com os sindicatos de enfermeiros, "a não serem tomadas medidas, a situação torna-se insustentável para o SNS" e "repercute-se nos utentes, com aumento de listas de espera e cuidados que não são prestados".
O Sindicato dos Enfermeiros (SE) admitiu na segunda-feira desconvocar a greve marcada para entre 23 e 27 de outubro se o Governo se comprometer a negociar um contrato coletivo de trabalho (ACT) que reestruture a carreira daqueles profissionais.
Carla Cruz lamentou a "escalada de descontentamento, desmotivação, cansaço e 'burnout' (esgotamento), muito particularmente dos enfermeiros", desejando saber junto do ministro "que medidas de fundo vão ser tomadas para resolver estes problemas dos profissionais de saúde, tendo em conta este contexto de agudização das condições de trabalho".
"Só existe SNS com profissionais motivados e valorizados salarialmente", defendeu.
O Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e o SE enviaram na passada semana um pré-aviso de greve geral para os dias 23 a 27 de outubro, passando depois a "tempo indeterminado".
Os fundamentos da greve são "a negociação de um ACT que contemple", entre outros aspetos, a "uniformização de horários de trabalho para 35 horas semanais" e a "introdução da categoria de Enfermeiros Especialistas, nas especialidades criadas ou a criar".
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