"O senhor Presidente da República tem sido uma presença constante, não só fisicamente, mas de alma e coração", afirmou Nádia Piazza, que falava aos jornalistas antes da missa que está a decorrer esta manhã na igreja matriz da vila de Pedrógão Grande, e na qual participa Marcelo Rebelo de Sousa.
Segundo Nádia Piazza, este dia era já aguardado "há muito tempo" pelos familiares das vítimas, sendo que a presença de Marcelo Rebelo de Sousa aconteceu de forma "muito natural".
Para a presidente da AVIPG, que perdeu o filho no incêndio, este é "um dia especial". "É um dia muito vazio e tentamos, de alguma forma, estando juntos, não termos tantas cadeiras vazias", disse Nádia Piazza, visivelmente emocionada e de voz embargada.
Durante o dia de hoje, está também previsto que Marcelo Rebelo de Sousa participe num almoço com familiares das vítimas, inaugure a nova sede da Associação de Vítimas do Incêndio de Pedrógão, na antiga escola primária da aldeia da Figueira, assista a um concerto em Figueiró dos vinhos e visite a Aldeia Natal na vila de Castanheira de Pera, onde deverá jantar no quartel da corporação local de bombeiros.
"O Presidente da República vem dar uma força e dizer que está atento"
Também o presidente da Câmara de Pedrógão Grande afirmou hoje que a presença do Presidente da República no concelho é "muito importante" para aqueles que necessitam de afeto.
"Receber o Presidente da República, o chefe de Estado, em Pedrógão Grande, num dia destes, é muito importante para aqueles que necessitam de afeto e de um pouco de conforto", realçou o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, que falava aos jornalistas antes da missa celebrada às 11:30 na igreja matriz da vila.
Para o autarca, a presença de Marcelo Rebelo de Sousa hoje na zona afetada pelo grande incêndio que deflagrou em junho "é a confirmação e consolidação de que o Presidente da República está inteiramente solidário e atento a tudo o que se está aqui a passar".
"O Presidente da República vem dar uma força e dizer que está atento e é isso que interessa e que é mais importante", sublinhou Valdemar Alves. De acordo com o autarca, o concelho continua a precisar de solidariedade, "principalmente das grandes instituições", porque "a obra ainda não está terminada e vai levar alguns anos".
"É um Natal triste. Os acontecimentos de junho não deixaram de marcar as mulheres e homens desta terra e todas as pessoas que se relacionam com ela", constatou, por sua vez, o presidente da Assembleia Municipal de Pedrógão Grande, Tomás Correia.
Para o também presidente do Associação Mutualista Montepio, este é também um Natal que vai servir "para reconstruir a esperança, que é aquilo que é cada vez mais escasso nesta terra". Segundo Tomás Correia, é necessário criar-se uma nova visão para o território, que tem uma economia pobre e débil.
O problema, defendeu, "tem de ser enfrentado com determinação. Todos aqueles que têm responsabilidades têm de olhar para esta região no sentido de começarem a tomar medidas que conduzam a um quadro de recuperação desta terra, a um quadro de coesão territorial".
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