Doze dias depois de ter recebido o perdão presidencial de Pedro Pablo Kuczynski, o o antigo Presidente do Peru (1990-2000), de 79 anos, saiu em liberdade da clínica onde tinha sido internado, com hipotensão e arritmias cardíacas.
Escoltado por polícias e guarda-costas, Fujimori saiu numa cadeira de rodas, na companhia do filho mais novo, Kenji.
Durante o internamento no centro médico, o ex-Presidente foi submetido a uma série de exames e tratamentos para os problemas de saúde que justificaram a concessão do perdão presidencial por motivos humanitários.
Alberto Fujimori, engenheiro de origem japonesa, foi condenado a 25 anos de prisão por corrupção e crimes contra a humanidade, por ter ordenado o assassínio de 25 pessoas por um esquadrão da morte durante a guerra contra os guerrilheiros do Sendero Luminoso (extrema-esquerda maoísta).
Cumpriu 12 anos da sentença e a 24 de dezembro último foi perdoado por Kuczynski. A decisão suscitou várias críticas no estrangeiro, demissões no Governo e desencadeou manifestações no país, durante as quais Pedro Pablo Kuczynski foi acusado de ter negociado o perdão em troca da sua manutenção no poder com o apoio do movimento político fundado por Fujimori.
O perdão foi concedido três dias depois de o processo de destituição de Kuczynski ter sido chumbado no parlamento peruano, em parte devido à abstenção de Kenji Fujimori e de nove outros deputados do seu partido, Força Popular.
O processo de destituição do Presidente foi pedido pelos alegados vínculos do Presidente peruano à empresa brasileira Odebrecht, que reconheceu ter feito pagamentos de cerca de cinco milhões de dólares a firmas diretamente ligadas a Kuczynski, na altura ministro (2004-2013).
Na campanha eleitoral de 2016, o Presidente do Peru, de 79 anos, tinha prometido não libertar Fujimori.
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