Após cinco anos e meio no poder, Ardern, de 42 anos, anunciou esta quinta-feira que abandonará o cargo no início de fevereiro, dizendo não ter "energia" para disputar outro mandato.
Ao noticiar o anúncio, o canal internacional BBC World partilhou nas redes sociais um artigo intitulado "Jacinda Ardern renuncia: podem mesmo as mulheres ter tudo?", analisando o equilíbrio entre ser mãe e chefe de estado.
O artigo causou a revolta de muitos utilizadores e leitores, que denunciaram o seu conteúdo como sexista.
"Reconhecemos rapidamente que a manchete original era inadequada e mudámo-la. Também excluímos o tweet associado" ao artigo, disse um porta-voz da BBC à AFP nesta sexta-feira.
"É uma vergonha @BBCWorld", denunciou uma utilizadora, considerando Ardern uma "heroína internacional", graças a quem "muitas outras mulheres têm aspirações mais altas e obterão maior sucesso".
Ardern liderou o país em duras crises, como uma erupção vulcânica mortal, a pandemia da covid-19 e o pior ataque terrorista da sua história, quando um supremacista branco matou 51 muçulmanos numa mesquita em Christchurch, em 2019.
Extremamente popular no plano internacional, desfrutou, por muito tempo, de um índice de aprovação recorde na Nova Zelândia, fenómeno que passou a ser chamado pela imprensa local de "Jacindamania".
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