Além da droga e da embarcação, foram também apreendidos diversos aparelhos de navegação e comunicação por satélite, telemóveis, ‘tablets’, um computador, quantias monetárias e documentação diversa, adianta a PJ em comunicado.
Elementos da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ, da Marinha e da Força Aérea desencadearam no final da passada semana uma operação de combate ao tráfico ilícito de estupefacientes por via marítima da qual resultou “a localização e posterior apreensão de uma embarcação de recreio do tipo veleiro que estava a ser utilizada no transporte de elevada quantidade cocaína entre as Caraíbas e a Europa”, adianta a Polícia Judiciária em comunicado.
A embarcação, com bandeira de um país estrangeiro, foi inicialmente localizada a navegar ao largo do arquipélago dos Açores, entrando depois na marina da cidade da Horta, na ilha do Faial, onde foi alvo de busca.
“No decurso dessa diligência e após minucioso e intenso trabalho desenvolvido pelas equipas da Polícia Judiciária, que contaram com o apoio de elementos da Polícia Marítima em funções na cidade da Horta, foi possível detetar cinco compartimentos especialmente criados na estrutura da embarcação para o transporte de estupefacientes no interior dos quais foram encontradas 700 placas de cocaína com o peso bruto total aproximado de 840 kg”, refere a PJ.
A bordo encontravam-se dois homens e duas mulheres que foram detidos e que, de acordo com os elementos probatórios já coligidos, integrarão uma organização criminosa implantada em diferentes países do continente europeu e da América Latina.
Os detidos, todos estrangeiros e com idades compreendidas entre os 21 e os 36 anos, foram presentes a primeiro interrogatório judicial, tendo sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva a dois deles.
Segundo informação publicada no site da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), “a prisão preventiva foi determinada judicialmente por ter sido dado como fortemente indiciado a prática por aqueles do crime de tráfico de estupefacientes agravado e por se verificarem, em concreto, os perigos de fuga e de continuação de atividade criminosa”.
A PGDL adianta que a cocaína apreendida cedida a terceiros renderia uma quantia não inferior a 35 mil euros.
A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público na Horta com o apoio da PJ e em cooperação com as autoridades de outros países.
Comentários