Escreve o Público que, desde setembro, quase 1,8 milhões de pessoas já desistiram da StayAway Covid, a app para rastreamento de contactos de covid-19 em Portugal.
A 18 de dezembro, a ministra da Saúde referiu que a aplicação de telemóvel StayAway Covid já foi descarregada por 2,8 milhões de vezes. Marta Temido, reconheceu, porém, que a geração de códigos — que devem ser inseridos pelas pessoas infetadas — está aquém das expectativas.
De acordo com dados do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (Inesc Tec) divulgados ao jornal, até 13 de janeiro foram usados 2.708 códigos.
"As pessoas estão a perder a confiança na app porque não há códigos", referiu ao Público o presidente do Inesc Tec, José Manuel Mendonça. "Não há códigos porque os médicos estão mal informados sobre a forma como a app funciona e onde se encontram os códigos", aponta. "Desde que a aplicação foi lançada que há médicos que nos contactam a pedir ajuda. Não deveria ser assim".
Segundo o jornal, os problemas na inserção de códigos já vem deste outubro, mês em que António Costa apresentou no Parlamento uma proposta de lei para tornar obrigatória a utilização da aplicação, que foi chumbada.
Para facilitar a obtenção de códigos, o Inesc Tec já atualizou a app, de forma a que estes sejam enviados diretamente para os telemóveis dos utilizadores. Contudo, para isso é necessária aprovação da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), que referiu ao jornal estar a aguardar "a submissão da avaliação de impacto para controlo prévio".
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