O pastor evangélico irá deixar o cargo no dia 01 de janeiro depois de ter perdido a reeleição para o seu antecessor, Eduardo Paes.
Investigações no início deste ano mostraram que Crivella tinha laços estreitos com Rafael Alves, um homem de negócios que também foi preso hoje.
Alves teria prometido contratos governamentais em troca de pagamentos, disseram a polícia e os procuradores.
Alves nunca ocupou um cargo oficial, mas o seu irmão era o chefe do gabinete do Turismo da cidade e mantinha reuniões frequentes com Crivella. Os investigadores alegaram que Alves foi a pessoa que decidiu as empresas às quais iriam ser adjudicados contratos.
Jorge Felippe, presidente do conselho municipal, assumirá o cargo enquanto Crivella estiver detido.
Crivella, um aliado do Presidente Jair Bolsonaro, disse aos repórteres, aquando da sua chegada à sede da polícia do Rio, que a sua prisão é injusta, associando-a à sua alegada vontade de combater os interesses corporativos e os lobistas.
“Sou o presidente da câmara que mais combateu a corrupção”, disse Crivella, ao entrar na sede da polícia do Rio de Janeiro.
Crivella disse repetidamente durante a sua campanha que Paes, que era presidente da câmara quando o Rio acolheu os Jogos Olímpicos de 2016, seria preso por causa de outras investigações.
O governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi suspenso do cargo desde agosto, quando um dos principais tribunais do Brasil o ligou a irregularidades no setor da saúde, no meio da luta contra a covid-19.
Witzel está também a lutar contra processos de ‘impeachment’ que poderiam dar o seu cargo a outra pessoa sob investigação, o vice-governador Claudio Castro.
Cinco ex-governadores do Estado do Rio foram presos nos últimos anos, sob acusações de corrupção.
Crivella, de 63 anos, é um bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, cujos líderes são os principais apoiantes de Bolsonaro.
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