A transformação do Aeródromo Bissaya Barreto num “aeroporto civil comercial, com capacidade para receber tráfego internacional ‘charter’ e ‘low cost’” é um “projeto que irá iniciar de imediato”, assegurou hoje Manuel Machado, durante a sessão da sua tomada de posse como presidente da Câmara de Coimbra, cargo para o qual foi reeleito, pelo PS, nas autárquicas de 1 de outubro.
O aeroporto, que será “uma peça crítica neste novo ciclo económico” que o município está a lançar, será feito a partir dos “estudos que esta Câmara encomendou noutros períodos e aos quais nunca foi dada sequência”, mas “agora sê-lo-á”, garantiu.
O projeto será concretizado “dada a relação virtuosa que se estabelece entre os custos previsíveis e o potencial económico, e também turístico, que a requalificação desta infraestrutura representa para a cidade, para o concelho e para a região Centro”, explicitou o autarca.
Manuel Machado, que durante a campanha eleitoral para as eleições de 01 de outubro disse que a transformação do aeródromo, em Cernache, na periferia de Coimbra, em aeroporto comercial, seria feita neste mandato (2017-2021), estimou, na ocasião, um investimento da ordem dos “10 a 12 milhões de euros” para o projeto, que “pode ser comparticipado” por fundos europeus.
Ainda a propósito deste projeto e “dada a forma como o assunto foi tratado por muita gente durante a campanha eleitoral”, Manuel Machado dirigiu aos “conimbricenses uma mensagem de confiança no futuro” de Coimbra.
A Câmara de Coimbra “terá também, nos próximos quatro anos, a prioridade de dinamizar a fileira de atividades que cruzam a produção cultural, o turismo e as indústrias criativas”, afirmou o presidente da Câmara, salientando que o trabalho neste domínio “terá como horizonte e fio condutor” a candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura em 2027.
“Esta será uma candidatura agregadora, que irá congregar todo o património e toda a capacidade criativa da região”, adiantou, garantindo que serão criadas “todas as condições necessárias para que haja um investimento muito superior ao normal na produção cultural, nas atividades em torno do património e nas indústrias criativas”.
Coimbra Capital Europeia da Cultura, que será “orientada para a inovação e para a criatividade”, já conta com “ativos únicos”, como a Universidade, o centro histórico classificada pela UNESCO como Património da Humanidade (que, “muito antes de 2027, estará “recuperado e refuncionalizado”), o Convento São Francisco, o Museu Nacional Machado de Castro e “uma intensa atividade cultural e artística”, que é “o seu trunfo decisivo”.
Manuel Machado anunciou, por outro lado, “uma revolução em matéria de mobilidade e transportes”, referindo que a frota dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra vai continuar a ser renovada, “investindo em veículos elétricos”, que o sistema ‘Ecovia’ (conjunto de parques de estacionamento periféricos ligados ao centro da cidade por autocarros e linhas próprias) regressará e que vai surgir o ‘metro bus’.
A via Central, que vai ser construída, e o ‘metro bus’ “vão ser uma revolução na vida da cidade: vão ser a chave para, no futuro, ter cada vez mais gente a trabalhar, a fazer compras e a passear”, com “menos trânsito", prevê Manuel Machado.
A Câmara de Coimbra é constituída, na sequência das eleições autárquicas de 01 de outubro, por cinco eleitos do PS, três da coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT, dois do movimento Somos Coimbra e um da CDU.
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