"O TdC está a fazer a análise somando as dívidas das empresas todas do grupo", assinalou hoje Cíntia Machado, acrescentando que o valor de 50 milhões de euros de dívida incorpora os números da Santa Catarina e, sendo o ano de análise o de 2017, da Espanha Pescas e da Companha, "duas empresas entretanto extintas".
A responsável da Lotaçor falava aos jornalistas na delegação de Ponta Delgada do parlamento dos Açores, depois de ouvida na comissão de inquérito ao setor público empresarial.
Para Cíntia Machado, a situação financeira da Lotaçor é "estável" e "num futuro próximo", eventualmente nos "próximos três anos", o resultado líquido da empresa deverá "melhorar substancialmente", sobretudo com o "iniciar de uma trajetória de diminuição de dívida bancária".
Na audição à responsável, o PSD escusou-se a fazer perguntas, com o deputado Luís Rendeiro a defender que "foi pedido à comissão que tivesse o cuidado de não colidir" os trabalhos com investigações judiciais em curso.
Cíntia Machado sustentou que não lhe foi imposto "absolutamente nada", tendo as autoridades estado recentemente na Lotaçor "apenas a fazer perguntas": "Não há arguidos, não há absolutamente nada".
"Todos nós sabemos que posição pública e política do PS e do Governo Regional é usar as empresas do setor público para cumprir a sua agenda política", considerou, no entando, o parlamentar social-democrata Luís Rendeiro.
Pelo PS, o deputado Francisco César sustentou que "o novo PSD não deixa de surpreender" os açorianos, sendo "curioso" que tenha estado hoje numa comissão pedida por si sem fazer perguntas, "mas retirando conclusões" sobre a empresa e o próprio setor público açoriano.
A Lotaçor tem por objeto a prestação de serviços de primeira venda de pescado, bem como o apoio ao setor da pesca e respetivos portos nas nove ilhas do arquipélago, sendo duplamente tutelada pela secretaria regional do Mar, Ciência e Tecnologia e pela vice-presidência do Governo dos Açores.
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