Duas pessoas morreram hoje de manhã no Centro Ismaili, em Lisboa, após um ataque com uma arma branca e o suspeito foi detido, disse à Lusa fonte policial.
De acordo com uma nota divulgada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa “apresentou ao representante do Imamat Ismaili em Lisboa, Nazim Ahmad, sinceros pêsames pelo ato criminoso”, pedindo-lhe “que os transmitisse também ao príncipe Aga Khan e às famílias das vítimas”.
“O Presidente da República, que tem acompanhado permanentemente a situação, em contacto com o Governo, sublinha, por um lado, o facto de estarem a decorrer as investigações destinadas a apurar o sucedido, e, por outro, que, tal como declarado pelo primeiro-ministro, as primeiras indicações apontam para um ato isolado”, acrescenta-se na mesma nota.
Segundo uma nota da direção nacional da PSP, o ataque ocorrido hoje no Centro Ismaili, na Avenida Lusíada, em Lisboa, foi comunicado à polícia pelas 10:57 e os primeiros agentes chegaram ao local um minuto depois.
O ataque foi realizado por “um homem armado com uma faca de grandes dimensões” e provocou “diversos feridos e, até ao momento, duas vítimas mortais”, tendo o atacante sido socorrido e conduzido a unidade hospitalar, “encontrando-se vivo, detido” e sob custódia policial, refere a PSP.
A PSP apela à serenidade e tranquilidade dos cidadãos, declarando que foram “mobilizados os efetivos necessários para a implementação das medidas de segurança adequadas e urgentes”.
Fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) contactada pela Lusa disse que “há dois mortos a registar e dois feridos graves, um dos quais foi encaminhado para o Hospital de São José e o outro, por meios próprios, para o Hospital de Santa Maria”, em Lisboa.
Fonte do Centro Hospitalar Lisboa Norte indicou que o Hospital de Santa Maria recebeu um homem esfaqueado no tórax que chegou por meios próprios.
Por seu turno, fonte do Centro Hospitalar Lisboa Central adiantou à Lusa que o Hospital de São José recebeu um homem ferido nas urgências da unidade, não adiantando mais detalhes.
Em abril do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa esteve no Centro Ismaili a partilhar o 'iftar', a quebra do jejum diário no mês do Ramadão, com a comunidade ismaelita e apelou ao respeito pela liberdade e tolerância no atual contexto internacional.
O chefe de Estado juntou-se a um jantar com cerca de cem pessoas, entre as quais os príncipes Hussain e Zahra, dois dos filhos do líder espiritual dos ismaelitas, Aga Khan.
Nessa cerimónia estiveram também o representante diplomático do príncipe Aga Khan em Portugal, Nazim Ahmad, e o presidente do Conselho Nacional da Comunidade Ismaili, Rahim Firozali, que agradeceram a presença do chefe de Estado.
A comunidade ismaelita assinou em 2015 um acordo com o Estado português para estabelecer a sua sede em Portugal.
Em março passado, Marcelo Rebelo de Sousa inaugurou com o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, a Academia Aga Khan de Maputo.
Em dezembro de 2018, o Presidente da República participou nas comemorações dos 20 anos do Centro Ismaili, em Lisboa, e elogiou a integração desta comunidade em Portugal, os seus valores e ação social.
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