Ghani, que falava numa conferência de imprensa em Cabul, assegurou, no entanto, que não desistiu dos esforços de paz e apelou aos talibãs que se juntem a eles, assegurando que não haverá “nenhum acordo secreto”.
“O cessar-fogo terminou, as forças de defesa e de segurança estão autorizadas a retomar as operações militares”, disse.
“O anúncio do cessar-fogo foi calorosamente acolhido pela população e o resto do mundo. As pessoas exigem paz ao governo e aos talibãs, o governo aceitou lançar o apelo, cabe agora aos talibãs responder positivamente”, insistiu.
Ghani decretou o cessar-fogo por ocasião da celebração do Eid al-Fitr, que marca o fim do jejum do Ramadão, em meados de junho.
A trégua foi respeitada pelos talibãs durantes três dias e a entrada destes, desarmados, em Cabul e várias outras cidades foi festejada pelas populações.
Ghani propôs então prolongar a trégua por 10 dias, a partir de 20 de junho, mas os talibãs recusaram e retomaram os ataques contra as forças militares e a polícia.
“Uma coisa é clara: a maioria dos talibãs também deseja a paz, o cessar-fogo mostrou que estão cansados de combater”, disse Ghani, apelando à população que “pressione os talibãs”.
A trégua, que excluiu apenas o grupo extremista Estado Islâmico, foi a primeira em 17 anos de guerra no Afeganistão.
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