Esta quinta-feira, negociadores norte-americanos vão reunir-se com os seus homólogos israelitas para tentar alcançar tréguas, que permitam encerrar o conflito entre Israel e o movimento Hezbollah, no Líbano, e a guerra contra o grupo palestiniano Hamas, em Gaza.

Os enviados Amos Hochstein e Brett McGurk viajaram para Israel a menos de uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos da América (EUA).

A visita ocorre durante uma ofensiva aérea e terrestre contra as posições do Hezbollah, no Líbano, e enquanto os bombardeamentos continuam na Faixa de Gaza, palco de uma guerra que começou há mais de um ano.

Um alto comandante do Hamas, que governa o território, insistiu para que o grupo rejeitasse qualquer proposta de trégua temporária.

Contudo, no Líbano, o primeiro-ministro, Najib Mikati, demonstrou-se otimista quanto à possibilidade de alcançar uma trégua "nas próximas horas ou dias".

Já o novo líder do Hezbollah, Naim Qassem, também declarou que aceitaria um cessar-fogo sob certas "condições".

De acordo com a imprensa israelita, fontes governamentais afirmaram que o plano negociado por Washington inclui a retirada das forças do Hezbollah para uma área a 30 quilómetros da fronteira.

Na proposta, os militares israelitas também deixariam o Líbano, onde intensificaram a sua ofensiva aérea a 23 de setembro, lançando uma incursão terrestre uma semana depois.

De acordo com o plano, o Exército Libanês seria responsável por manter a fronteira segura, juntamente com as forças de manutenção da paz da ONU.

O Líbano, por sua vez, seria responsável por impedir que o Hezbollah se reforçasse com armas importadas, e Israel preservasse os seus direitos para agir em defesa legítima, segundo o direito internacional.