António Costa, que falava em conferência de imprensa de balanço dos três anos do Governo, no Porto, adiantou que hoje mesmo a ministra da Saúde se reuniu no Hospital de S. João com a administração e com os arquitetos responsáveis pela revisão do projeto.
“Os arquitetos comprometeram-se a entregar um projeto revisto no final do primeiro semestre do próximo ano. Temos de aguardar que haja essa revisão do projeto e que seja entregue para, então, abrir concurso ou proceder por ajuste direto à contratação”, disse.
O primeiro-ministro referiu que se verificou, “pela voz do próprio diretor do Hospital de S. João, que o projeto que existia de há dez anos atrás está hoje obsoleto e que não faria sentido ser executado”.
“Portanto, era necessário alterar e fazer um novo projeto. Foi dada autorização para que fosse encomendado. A administração do hospital de S. João, entretanto, verificou que havia condições legais para não ser necessário contratar um novo projeto, mas proceder à revisão do projeto de há dez anos”, explicou.
António Costa garantiu “o empenho” do Governo para se encontrar “uma solução tão rápida quanto possível”, mas alertou que é necessária “uma solução efetiva”.
O primeiro-ministro lembrou ainda que há, na Assembleia da República, “pelo menos uma proposta do grupo parlamentar do PS para dispensar o concurso público e o visto prévio do Tribunal de Contas para o lançamento da obra e ela poder ser feita por ajuste direto”.
“Agora, só podemos lançar a obra quando tivermos o projeto revisto”, frisou.
Recordando que, durante vários meses, ouviu dizer que havia um projeto que estava pronto e que só a má vontade do Governo impedia a sua execução, António Costa sublinhou que foram investidos no Hospital de S. João, nos três últimos anos, dez milhões de euros designadamente nos cuidados ambulatórios de oncologia, na aquisição de certos equipamentos e numa nova ala para outra especialidade.
“Portanto, não tem sido por opção orçamental, mas de gestão" que este processo tem sido conduzido desta forma, acrescentou.
António Costa manifestou também a sua satisfação pelo facto de a administração do hospital ter, entretanto, “manifestado disponibilidade” para procurar encontrar, dentro nas instalações do hospital, “melhores condições do que as que existem para esse conjunto de crianças”.
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