Dados provisórios da IGAI, a que agência Lusa teve acesso, revelam que aquele organismo que fiscaliza a atuação das forças de segurança instaurou 62 processos de natureza disciplinar aos polícias em 2018, mais 24 do que em 2017, quando foram abertos 38.
Os dados indicam também que os processos de natureza disciplinaram levantados essencialmente aos elementos da PSP e da GNR registaram o valor mais elevado dos últimos sete anos.
Em 2012 foram instaurados 47 processos de natureza disciplinar, no ano seguinte foram abertos 49, número que desceu em 2014 para 39, voltou a subir em 2015 (43), para descer novamente em 2016 (34) e registar um ligeiro aumento em 2017 (38).
Dos 62 procedimentos de natureza disciplinar instaurados pela IGAI no ano passado, 41 foram processos disciplinares, 18 de inquérito e três de averiguações.
Segundo aquele organismo tutelado pelo Ministério da Administração Interna (MAI), os processos disciplinares alcançaram em 2018 o valor mais elevado dos últimos sete anos e quase que triplicaram em relação a 2017.
A IGAI adianta que foram abertos 16 processos disciplinares em 2012, 22 em 2013, 13 em 2014, 21 em 2015, 10 em 2016 e 16 em 2017.
Os dados mostram igualmente que a IGAI transformou, no ano passado, 24 inquéritos em processos disciplinares a agentes da PSP e quatro a militares da GNR.
A IGAI não abriu qualquer processo de natureza disciplinar a elementos das forças de segurança por utilização de armas de fogo e que tenha causado mortos ou feridos civis.
No entanto, abriu no ano passado 30 processos aos elementos da PSP por ofensas corporais a cidadãos que ficaram feridos, tendo em 2017 instaurado cinco.
Por sua vez e pelo mesmo motivo a IGAI instaurou oito processos a militares da GNR no ano passado e sete em 2017.
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