“Nós somos um ‘ranking’” era uma das frases de protesto que se podia ler nos cartazes empunhados pelos manifestantes, que se concentraram no largo Camões antes de iniciarem o desfile em direção a S. Bento, onde fica a residência oficial de António Costa.
Na residência oficial do primeiro ministro, os docentes e investigadores científicos e trabalhadores não docentes vão entregar uma resolução em que pedem “a adequação da aplicação” do programa do Estado de regularização dos vínculos precários no setor da ciência e do ensino superior.
No texto hoje aprovado na concentração reclamam “que o direito de acesso ao emprego estável para milhares de trabalhadores docentes, investigadores, pessoal técnico administrativo e bolseiros que estão a satisfazer necessidades permanentes (…) seja efetivado”.
O protesto é organizado pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC), Rede de Investigadores contra a Precariedade e Federação de Sindicatos da Função Pública.
À Lusa, professores e investigadores queixaram-se de serem precários há mais de dez anos nas instituições onde trabalham, apesar de preencherem necessidades permanentes nesses locais.
Uma situação também descrita pelo secretário geral da Fenprof, Mário Nogueira, e pelo vice-presidente da ABIC, João Pedro Ferreira, que responsabilizaram Governo e instituições de ensino superior de protelarem a regularização dos vínculos laborais precários.
“Costa e Heitor, os precários estão em luta”, gritavam os manifestantes, referindo-se ao primeiro-ministro e ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior à saída do largo Camões em direção a S. Bento.
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