Em declarações à agência Lusa, a vereadora da Habitação da autarquia, Paula Marques, recordou que estas operações se seguirão às duas já conhecidas para o arrendamento a custo reduzido em Arroios, nas ruas de São Lázaro (onde já foi lançado um concurso para 126 apartamentos) e Gomes Freire (que envolverá 70 fogos).
“Agora o que fizemos foi olhar para as operações que tínhamos definidas [que abrangem um total de 6.000 fogos em 15 zonas da cidade] e ver aquelas que estão prontas para entrar em concurso”, notou.
Depois dessa análise, a autarquia verificou ter condições para avançar com a criação de 759 fogos em Benfica (Avenida Marechal Teixeira Rebelo), de 166 fogos no Parque das Nações (Bairro das Laranjeiras), de 62 fogos no Lumiar (Rua Professor Orlando Ribeiro) e de 49 fogos em Belém (na zona das embaixadas, no Restelo).
“Não foi uma escolha por estas zonas, só as selecionámos por serem aquelas que estão sem espinhas”, indicou a autarca, explicando que aqui existem terrenos municipais disponíveis e não se verifica a necessidade de resolver questões patrimoniais ou urbanísticas.
Motivos diferentes foram apresentados por Paula Marques para as duas primeiras operações, que implicam reabilitação de edificado já existente e também construção nova: “Empenhámo-nos que as primeiras fossem intervenções no centro histórico da cidade”.
No caso das próximas operações, os fogos têm diferentes dimensões e tipologias, sendo que a empreitada maior é referente a Benfica.
No caso das outras três freguesias, será feito apenas um concurso que as englobará.
Paula Marques falava à Lusa à margem da reunião de hoje da Assembleia Municipal de Lisboa.
No encontro, foi aprovado, com o voto contra do BE, abstenções do CDS-PP, MPT, PSD, PCP e PEV e votos favoráveis do Parque das Nações Por Nós, PAN, PS e deputados independentes eleitos nas listas socialistas o lançamento do concurso público referente à operação na Rua Gomes Freire.
Apresentado a 06 de abril do ano passado, o programa prevê parcerias do município com o setor privado: enquanto o primeiro disponibiliza terrenos e edifícios que são sua propriedade, ao segundo caberá construir ou reabilitar.
O investimento municipal será de cerca de 400 milhões de euros, em património imobiliário municipal, benefícios e isenções tributárias e recursos financeiros.
O arrendamento de um T0 pode custar até 300 euros mensais, de um T1 até 350 euros, de um T2 até 500 euros e de um T3 ou T4 até 600 euros.
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