Pelas 15:07, quando o socialista e vice-presidente do parlamento Jorge Lacão abriu a sessão, somente perto de 30 dos 89 parlamentares sociais-democratas estavam nos respetivos lugares do hemiciclo.
Em debate estão projetos de resolução do PSD pela "implementação de um plano de ação de contingência no sentido de serem adotadas medidas urgentes para atenuar os impactos globais da saída do Reino Unido da União Europeia" e outro do CDS-PP também para "adoção de plano de ação de contingência para minimizar os efeitos e consequências de uma saída desordenada do Reino Unido da União Europeia".
Até às 15:30, mesmo com entradas e saídas constantes da sala das sessões, o grupo parlamentar do PSD nunca chegou a estar representado por mais de 40 deputados, ou seja, sempre menos de metade dos efetivos, liderados por Fernando Negrão e com a presença de cinco dos sete vice-presidentes da bancada social-democrata: Margarida Mano, Leitão Amaro, Rubina Berardo, Emídio Guerreiro e António Costa e Silva.
O Conselho Nacional do PSD, órgão máximo do partido entre congressos, decide hoje se mantém a confiança política na direção do presidente, Rui Rio, depois de o anterior líder parlamentar, Luís Montenegro, ter desafiado o líder a convocar e concorrer em eleições diretas.
A reunião, com início marcado para as 17:00, num hotel no Porto, arrancará com o discurso de Rio, o qual justificará perante os conselheiros os seus argumentos em favor da manutenção da confiança da direção, que vai a meio do seu mandato, com três atos eleitorais em preparação (europeias, regionais da Madeira e legislativas).
Segue-se um período de intervenções que deverá demorar várias horas (está prevista uma interrupção dos trabalhos para jantar). A decisão sobre o destino da moção de confiança estará na mão dos 136 membros do Conselho Nacional, metade eleitos, e quase outros tantos por inerência.
Durante a discussão das resoluções de PSD e CDS-PP, a social-democrata Rubina Berardo reiterou as críticas ao Governo socialista pela falta de medidas preventivas face ao ‘Brexit’, lamentando o "anunciado plano de contingência a conta-gotas e medidas a prestações", num "comboio que já está atrasado".
O democrata-cristão Pedro Mota Soares alertou que "faltam 71 dias para o ‘Brexit'" e "o pior cenário de todos é cada vez mais uma realidade - uma saída sem acordo, desordenada, o chamado ‘hard Brexit'", desejando que o executivo do PS "apresse o seu passo e corrija o tiro que está a dar".
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