“Só vale a pena fazer política se prosseguir um sonho e uma visão para Portugal que ultrapasse a escolha curta entre o ‘vem aí o diabo’ e o ‘chapa ganha, chapa distribuída’, que seja razão de motivação dos portugueses e um caminho de verdadeira mudança para o país”, defendeu o ex-ministro Nuno Morais Sarmento, na sessão de apresentação da Comissão de Honra de Rui Rio, que decorreu hoje à tarde num hotel em Lisboa.
Sarmento disse que, nestas diretas, não teve dúvidas em escolher Rui Rio, sobretudo pelas suas qualidades humanas: “É um homem a quem reconheço honestidade, integridade, a coragem, o sentido de missão e de serviço público que considero indispensável para que, na liderança do PSD, o nosso partido recupere a confiança, a credibilidade e uma visão de futuro”.
“Ano novo, vida nova: não podemos mais limitar o nosso futuro à decisão de um Governo que metade dos dias funciona como um cata-vento e a outra metade como um doente bipolar e ainda acredita que Portugal pode avançar segundo um modelo ultrapassado de luta de classes”, criticou.
Sarmento defendeu que o PSD é um partido do centro, onde o primado está nas pessoas, e que respeita a iniciativa privada mas garante a igualdade de oportunidades e a defesa dos mais vulneráveis.
“Um país em que haja a coragem não de reformar o Estado mas de repensar o que são as funções do Estado, centrando-o apenas nas funções essenciais, que são as funções de soberania e as funções sociais”, defendeu, pedindo uma aposta no mar e na língua, que considera as únicas dimensões que tornam Portugal maior que o seu território.
Já o presidente da Comissão de Honra, o antigo vice-presidente do partido Paulo Mota Pinto fez questão de sublinhar também a matriz social-democrata do PSD e reiterou o apelo que tem sido feito pelo candidato à liderança Rui Rio.
“Temos o dever de tudo fazer para que o nosso partido se apresente aos portugueses com o candidato a primeiro-ministro que não só seja quem traduz a sua identidade social-democrata de sempre como quem melhores possibilidades tem de conquistar o poder”, afirmou, considerando que é Rui Rio quem reúne estas duas condições.
E reforçou o alerta: “De nada adianta ganhar eleições internas para contentar quadros e aparelhos, se isso de nada servir para ganhar eleições nacionais, perante o voto de todos os portugueses”.
O PSD escolherá o seu próximo presidente em 13 de janeiro em eleições diretas, com Congresso em Lisboa entre 16 e 18 de fevereiro.
Até agora, anunciaram-se como candidatos à liderança do PSD o antigo presidente da Câmara do Porto Rui Rio e o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.
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