Em comunicado, os social-democratas consideram que o encerramento até terça-feira da maternidade da unidade Hospitalar de Portimão devido à falta de médicos pediatras, “afeta não só residentes, como os turistas que, desde já nesta semana, optaram por passar férias ou umas miniférias na região e em particular no barlavento algarvio”.
O encerramento da maternidade até terça-feira foi denunciado no sábado à agência Lusa pelo secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Roque da Cunha, devido “à falta de médicos pediatras em assegurarem os cuidados neonatais em presença física”.
Segundo o dirigente sindical, não havendo médicos disponíveis para garantir os mínimos de segurança para as grávidas que ali recorram, “manda a prudência que o serviço encerre, e é o que vai acontecer até terça-feira, altura em que a situação será reposta”.
Em resposta à Lusa, a administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), que integra os hospitais de Lagos, Portimão e Faro, reconheceu “dificuldades em assegurar os períodos da escala entre as 16:30 do dia 07 e as 09:00 do dia 11 de junho [de sexta a terça-feira]".
Assim, até às 09:00 de terça-feira, apenas se realizarão os partos eminentes e/ou emergentes, sendo as grávidas em trabalho de parto "com condições de transferência em segurança", encaminhadas para a Unidade Hospitalar de Faro.
"A carência de profissionais ao nível da especialidade de pediatria na unidade Hospitalar de Portimão é reconhecida. O conselho de administração tem trabalhado com empenho no sentido de garantir todas as escalas, no entanto por motivos alheios ao órgão de gestão, haverá dificuldade em assegurar períodos da referida escala”, justificou a administração do CHUA.
Para o PSD/Portimão, “nesta ampla área geográfica, ficar sem resposta pediátrica e para as mulheres em trabalho de parto durante quatro dias no Hospital do Barlavento Algarvio, é alarmante”.
Os social-democratas adiantam que vão apresentar “o pedido para uma audiência local dos intervenientes com responsabilidade nesta nova falha na saúde portimonense e algarvia”.
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