Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, salientou que o essencial para o partido era que não se misturassem as duas sessões, e assegurou que o PSD respeita a decisão de se realizarem ambas no mesmo dia “por razões de agenda e diplomáticas” e que estará representado pela totalidade da sua bancada.
A sessão de boas-vindas ao Presidente brasileiro, Lula da Silva, na Assembleia da República vai decorrer no dia 25 de Abril, às 10h, antes da sessão solene comemorativa da revolução, prevista para as 11h30, decidiu hoje a conferência de líderes.
“A posição do PSD foi clara desde o início: saudamos a vinda do Presidente do Brasil, um país muito importante nas relações para Portugal, saudamos o facto de que a Assembleia da República faça uma sessão solene com o Presidente do Brasil, o que dissemos é que nunca poderia ser junto da sessão solene do 25 de Abril e isso não vai acontecer e que, preferencialmente, nem deveria ser nesse dia”, afirmou Miranda Sarmento.
O presidente da bancada do PSD saudou que “não tenha havido a decisão de misturar a sessão solene com a receção” a Lula da Silva, apesar de lamentar “que sejam as duas no mesmo dia”.
“A sessão solene com o Presidente do Brasil ficará prejudicada, merecia a dignidade de ter um dia próprio”, afirmou, rejeitando qualquer manifestação de protesto por parte da sua bancada.
Apesar disso, Miranda Sarmento rejeitou que possa ser a receção a Lula da Silva na Assembleia da República a ofuscar a sessão solene do 25 de Abril.
“Considero que o Presidente do Brasil merecia que a sua sessão solene fosse num dia próprio e não num dia em que já temos, há muitos anos, uma sessão solene evocativa do dia em que terminou o Estado Novo e deu início ao processo democrático em Portugal”, disse.
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