Entre os 758 delegados que vão votar para eleger o candidato da maior família política europeia à presidência do executivo comunitário haverá 22 portugueses, representantes dos dois partidos nacionais (PSD e CDS-PP) que são membros do PPE.
Encabeçada pelo presidente do PSD, Rui Rio, a delegação social-democrata que estará em Helsínquia incluirá o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, e os seis eurodeputados com assento no hemiciclo: o vice-presidente do PPE, Paulo Rangel, Carlos Coelho, José Manuel Fernandes, Cláudia Monteiro de Aguiar, Sofia Ribeiro e Fernando Ruas.
Os outros nove delegados, apontados pelo líder social-democrata, são Fernando Negrão (presidente do grupo parlamentar), Isabel Meirelles (vice-presidente para os Assuntos Europeus), Tiago Moreira de Sá (presidente da Comissão de Relações Internacionais), Maria da Graça Carvalho e Cláudia Sofia André (vogais da Comissão Política), Nataneal Araújo, Florbela Guedes (Gabinete da Presidência), Pedro Esteves (chefe de gabinete da delegação do PSD no Parlamento Europeu), e Alfredo de Jesus (gabinete do comissário Carlos Moedas).
A matemática do regulamento determinou que o CDS-PP teria cinco delegados no congresso. Os centristas far-se-ão representar pela líder Assunção Cristas, pelo eurodeputado Nuno Melo, e pelos dirigentes nacionais Luís Queiró, Francisco Laplaine Guimarães e Diogo Belford Henriques.
De acordo com o regulamento, adotado pela Assembleia Política do PPE em Bruxelas, a 6 e 7 de setembro, no congresso da capital finlandesa terão direito a voto os membros da presidência do PPE, os presidentes dos partidos membros ordinários, partidos associados ou associações membros, e os respetivos delegados destas estruturas, assim como os chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros da União Europeia que pertençam a um partido membro ordinário.
A maior das comitivas partidárias em Helsínquia será a da União Democrata Cristã (CDU), da chanceler alemã Angela Merkel, com 72 delegados, com os polacos do Plataforma Cívica (49), os franceses do Les Républicains (45), e os espanhóis do Partido Popular (42) a seguirem-se-lhe na lista dos partidos com maior número de votantes.
O polémico Fidesz, do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, tem também uma delegação importante, com 29 delegados.
Entre os votantes estarão ainda membros da Comissão Europeia que pertençam a um partido da maior família política europeia, e ainda representantes do PPE nas assembleias parlamentares do Conselho da Europa, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), da NATO, do Comité das Regiões Europeu, da União para o Mediterrâneo e da Euronest.
Os votantes no congresso do PPE podem exercer o seu direito de voto na quinta-feira, das 10:30 às 12:00 locais (menos duas horas em Lisboa), assinalando no boletim se querem que seja o alemão Manfred Weber ou o finlandês Alexander Stubb a representá-los na candidatura à Comissão Europeia.
Uma vez que existem apenas dois aspirantes ao título de ‘Spitzenkandidat’ do PPE, o regulamento determina que o candidato que obtenha a maioria absoluta dos votos válidos – as abstenções não se consideram como tal – será o eleito.
Em 2014, o atual presidente da Comissão Europeia, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, derrotou o francês Michel Barnier na corrida para a sucessão de José Manuel Durão Barroso, designado pela mesma família política dos populares europeus para o cargo de presidente do executivo comunitário em 2004.
O luxemburguês recolheu 382 votos, contra 245 do atual negociador-chefe da União Europeia para o ‘Brexit’.
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