“O que é fundamental nas europeias em primeiro lugar é o PSD subir e preferencialmente ganhar”, defendeu Rui Rio, em entrevista à TVI.
Nas últimas europeias, o PSD concorreu em coligação com o CDS e obteve 27,1% dos votos, atrás do PS (31,46%), correspondentes a sete eurodeputados, seis dos quais para os sociais-democratas.
Questionado sobre se assume a derrota caso o resultado nas eleições de maio for pior, Rui Rio defendeu que tal não compromete a sua permanência à frente do partido.
“Não compromete a permanência. Estava o partido desgraçado. As europeias vão ser em maio, não sei se é em agosto que querem trocar de líder, isso não está minimamente em causa (…). Se não subir é mau, se ganhar aí é que é bom”, apontou.
Sobre a possibilidade de o antigo líder do PSD Pedro Santana Lopes sair do partido e fundar uma nova força política, Rio disse não ficar surpreendido, apesar de ainda não ter recebido no partido qualquer carta de desfiliação, mas assegurou não estar preocupado com o impacto eleitoral.
“Pode beliscar um bocadinho o PSD, beliscar um bocadinho o CDS, mas a margem de crescimento de que estou à procura não é à direita, é ao centro - nos votantes do PS que não se reveem na solução com PCP e BE - e fundamentalmente na abstenção, nos portugueses que não votam porque falta alguém com credibilidade”, definiu.
Questionado sobre as mais recentes sondagens, em que o PSD desce nas intenções de voto e o PS sobre, Rui Rio desvalorizou, dizendo que “não estava à espera de outra coisa”, considerando que a greve dos professores, a crise de Tancos ou os problemas da geringonça favorece os socialistas nos estudos de opinião.
“Para as eleições é mau, mas para as sondagens é bom”, disse.
Defendendo que o líder da oposição só tem de conseguir passar uma imagem de credibilidade - que disse ser o somatório de seriedade, coragem e competência -, Rio recorreu a uma metáfora do desporto para explicar a visão que tem da sua tarefa.
“Eu fui corredor de 100 metros, mas foi quando tinha 18 ou 20 anos. Também não sou maratonista, mas tenho de fazer uma corrida que também não é um sprint”, afirmou, dizendo que quem não gosta “não vai gostar até ao fim”.
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