Na primeira votação, em que precisava da maioria absoluta do Congresso dos Deputados (parlamento), Rajoy obteve 170 de votos a favor, do Partido Popular (PP, direita), do Cidadãos (centro) e da Coligação Canárias, tendo o resto da assembleia (180) votado contra.
Hoje, na segunda votação o candidato a chefe do executivo só precisa da maioria simples do parlamento e a abstenção do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) deverá garantir o sucesso da sua investidura.
As grandes incógnitas da votação de hoje são saber o número de socialistas que vão romper a disciplina de voto, e continuar a votar “não” a Rajoy, e também se o ex-secretário-geral do PSOE está nesse grupo, que terá uma dezena de pessoas.
Uma maioria de membros do Comité Federal dos socialistas impôs no início de outubro uma nova orientação no partido, no sentido da abstenção para evitar assim a realização de umas terceiras eleições no espaço de um ano.
O líder do PP já falhou uma primeira tentativa de investidura em setembro no parlamento, quando apenas contou com o apoio do Cidadãos e da deputada da Coligação Canária, tanto na primeira como na segunda votação e a oposição de todos os outros partidos.
O PP foi o partido mais votado, mas sem conseguir a maioria absoluta, tanto nas eleições que se realizaram a 20 de dezembro de 2015 como nas eleições de 26 de junho em que aumentou a percentagem de votantes e o número de deputados.
O PP teve em junho 33,0% dos votos e 137 deputados, seguido pelo PSOE com 22,7% e 85 deputados, Unidos Podemos com 21,1% e 71 deputados e Cidadãos com 13,0% e 32 deputados.
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