Segundo a Brisa, em declarações à agência Lusa, foi reaberta ao trânsito a “via esquerda” da A6, entre a fronteira do Caia e Elvas, no sentido de Espanha para Portugal.
A previsão para a reabertura da outra via da A6, a da direita, é “às 19:00”, disse também a empresa à Lusa.
O acidente, que envolveu cinco veículos pesados de mercadorias e seis viaturas ligeiras, ocorreu ao quilómetro 156 da A6 no sentido fronteira do Caia-Elvas e o alerta foi dado às 07:54.
O choque em cadeia provocou um total de 17 feridos ligeiros, dos quais 16 espanhóis, transportados para unidades hospitalares do país vizinho, e um português, que recebeu assistência médica no hospital de Elvas.
O trânsito esteve totalmente cortado neste sentido da A6, no troço onde aconteceu o choque em cadeia, durante cerca de nove horas, tendo a circulação rodoviária sido efetuada por uma estrada alternativa.
Por volta das 17:30, constatou a Lusa no local, ainda decorriam trabalhos de limpeza e de remoção de material em cobre que ficou espalhado na estrada, pertencente ao único camião que permanece por retirar do local.
Quando essa operação ficar concluída, deverá seguir-se a remoção da viatura pesada, através de reboque, tal como aconteceu com os restantes veículos acidentados já retirados do local.
A Brisa confirmou que, no local do acidente, “ainda” estão “a decorrer trabalhos de remoção e limpeza”.
As operações de socorro mobilizaram vários meios do INEM, bombeiros de Elvas e Campo Maior, GNR e de autoridades espanholas.
O único ferido ligeiro português do acidente relatou que “nunca” lhe tinha acontecido “uma situação destas” e que, na altura do desastre, entrou num “saco de fumo e de nevoeiro”.
“Não sei [o que aconteceu], sei que entrámos num saco de fumo e de nevoeiro” e “que, de repente, não vi nada, só vi a traseira do outro reboque" aquando do impacto, contou aos jornalistas o português João Seabra, que conduzia um dos cinco camiões envolvidos na colisão, carregado de detergentes, e que seguia de Sevilha (Espanha) para o Carregado, no concelho de Alenquer (Lisboa).
Segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a GNR, os feridos espanhóis têm entre 24 e 56 anos.
O jornal Hoy, da Extremadura espanhola, consultado pela Lusa, refere que o desastre aconteceu quando “os veículos chegaram a uma zona de nevoeiro espesso” e cita “vários condutores” que afirmam ter-se deparado com “uma parede de nevoeiro e fumo” que os “impedia de ver”.
De acordo com o jornal espanhol, a maioria dos automóveis envolvidos no choque em cadeia era ocupada “por habitantes de Badajoz” que “se deslocavam a essa hora para Portugal para os seus postos de trabalho”.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Elvas, Tiago Bugio, admitiu à Lusa que a causa da colisão possa ter sido a fraca visibilidade devido ao “nevoeiro cerrado”, mas o capitão José Amaral, do Destacamento de Trânsito de Évora da GNR, disse aos jornalistas que continuam por apurar as causas do acidente, que vão ser investigadas, e escusou-se a confirmar a hipótese do nevoeiro.
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