"Penso muito brevemente trazer o regulamento final do Alojamento Local. Posso dizer que temos 55 participações, o que é impressionante, e algumas delas muito densas", anunciou o vereador na reunião do executivo de hoje.
Em julho, aquele responsável adiantava que o regulamento devia estar "fechado" entre dezembro de 2019 e janeiro de 2020, desde que não houvesse grande alterações à segunda versão do documento, fruto da consulta pública que decorrer até meados de setembro.
Quando vertidas todas as recomendações, o documento final será enviado para aprovação em reunião do executivo e em sede de Assembleia Municipal, o que deve acontecer até ao final do ano ou início do próximo.
Das cinco forças políticas com assento na Assembleia Municipal do Porto, apenas o Bloco de Esquerda (BE) e o PAN - Pessoas, Animais e Natureza apresentaram contributos em sede de discussão pública. Os restantes três partidos - PS, PSD e CDU - remeteram a apresentação o seu contributo para depois da conclusão do processo de consulta pública.
O número de participações foi revelado hoje durante a discussão sobre o início do procedimento administrativo de revisão do Regulamento da Taxa Municipal Turística do Porto, aprovado hoje por unanimidade.
O objetivo, explicou o vereador da Economia, Turismo e Comércio, Ricardo Valente, é colmatar algumas lacunas, por um lado alargando as isenções atribuídas e por outro, intensificando a fiscalização e clarificando os critérios de contraordenação.
Ricardo Valente reconheceu que há quem esteja a cobrar taxa turística, mas não a devolva ao município, apropriando-se desta mesma taxa.
Até junho de 2019, o valor não cobrado ascendia 209 mil euros (3,3%), para um total de taxa liquidada de 6,2 milhões de euros.
Já em 2018, o valor era de cerca de 190 mil euros, para um total de receita liquidada de 8,8 milhões de euros.
O vereador revelou ainda que, apesar do trabalho desenvolvido durante quase dois anos, existem ainda 3,83% de alojamentos com Registo Nacional de Alojamento Local atribuído e que não estão cadastrados na plataforma.
Segundo aquele responsável, até 30 setembro, segundo a base de dados do Turismo de Portugal, havia um total de 8.481 alojamentos e, na base de dados municipal, 8.156 imóveis cadastrados.
Para Moreira, o problema está no registo. Primeiro, defendeu o autarca, os AL deviam inscrever-se no município e só depois nas outras entidades.
Na sua intervenção, a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, alertou ainda para a necessidade de tomar medidas que corrijam um tratamento desigual entre quem paga e quem não o faz, sugerindo o envio de um documento para o Governo solicitando uma clarificação nomeadamente quanto aos números dos vários registos.
Já para o vereador do PSD, Álvaro Almeida, o problema mais grave e que deve merecer prioridade é a falta registo e da entrega da taxa cobrada ao município.
A vereadora do PS Fernanda Rodrigues enalteceu a revisão deste regulamento, considerando que esta é uma boa prática que permite melhorar este instrumento, após 17 meses da sua entrada em vigor.
Na reunião de hoje, foi ainda aprovada uma proposta de construção, exploração e manutenção, em regime de concessão de serviço público, do Parque de Estacionamento do Avis e exploração e manutenção do parque de estacionamento de D. João I.
Questionado pelos vereadores, o presidente da autarquia explicou que a decisão de incluir o parque D. João I se prendeu com a sustentabilidade do parque do Avis que pela avaliação que foi feita vai implicar um investimento na ordem dos seis milhões de euros.
"O parque de estacionamento do Avis, sozinho, não e sustentável, ainda que seja da maior utilidade e, portanto, o emparcelamento é uma forma de conseguir viabilizar um parque que, de outra forma, não tem viabilidade, explicou.
O objetivo é "aliviar a pressão" sobre o estacionamento à superfície, criando um parque com cerca de 200 lugares de estacionamento.
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