A operação foi realizada na noite de quarta-feira na cidade de Bento Gonçalves, no estado do Rio Grande do Sul, que faz fronteira com a Argentina e o Uruguai.
“Os trabalhadores foram recrutados de outros estados”, principalmente da Bahia (nordeste), por uma empresa de serviços, detalhou a polícia.
Um dos resgatados disse que os trabalhadores “não recebiam salário, recebiam empréstimos com taxas de juro elevadas e tinham a sua liberdade e mobilidade restringidas, além de terem sido agredidos fisicamente”.
O responsável pelo alojamento, que não foi identificado, “foi preso em flagrante delito” e depois enviado para o sistema penitenciário até que o sistema judicial determine a sua sentença por “redução de pessoas a uma condição análoga à da escravatura”, explicaram as autoridades.
A operação de salvamento foi apoiada por vários organismos e forças de segurança, tais como o Ministério do Trabalho e a Polícia Rodoviária.
Segundo dados oficiais, o Brasil resgatou 2.575 trabalhadores em condições análogas à escravatura no ano passado em várias operações de inspeção, um aumento de 31% em relação a 2021.
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