Trata-se de um foguetão Long March 5B, com um peso estimado entre 17 e 22 toneladas e que viaja no espaço sem controlo a uma velocidade de 28 mil quilómetros por hora.
Os cálculos dos peritos, feitos a partir de observações e modelos matemáticos, apontam que, caso o aparelho não se desintegre por completo na atmosfera, os detritos irão cair com maior probabilidade no mar.
A trajetória do Long March 5B está a ser monitorizada, uma vez que pode interferir com o espaço aéreo, de acordo com um alerta feito na quinta-feira pela Agência Europeia para a Segurança da Aviação.
Numa informação dirigida aos Estados-membros, às companhias aéreas e às autoridades de aviação, a agência listava Portugal, Bulgária, França, Grécia, Itália, Malta e Espanha como os países cujo espaço aéreo poderia eventualmente ser afetado.
Contudo, a mesma entidade ressalvou que, dado tratar-se de uma "reentrada descontrolada", era "difícil prever exatamente" onde os detritos iriam cair, assinalando que uma "previsão mais detalhada" poderá ser disponibilizada "apenas algumas horas do impacto".
O foguetão foi lançado no passado domingo da ilha de Hainan para transportar um módulo da nova estação espacial chinesa e está a dar voltas à Terra.
Não é a primeira vez que um foguetão chinês está a ser vigiado.
Em maio de 2021, um outro foguetão, também Long March 5B, desintegrou-se quase totalmente na atmosfera terrestre e os detritos caíram no oceano Índico sem causar danos.
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