Entre os dias 19 e 23 de julho de 2020, o Rio de Janeiro será o destino da arquitetura internacional, num evento que depois de 42 anos regressa a um país latino-americano e que, pela primeira vez, chega ao Brasil, sob o slogan “todos os mundos, um só mundo”.
Segundo explicou hoje o arquiteto Sergio Magalhães, presidente do Conselho Executivo do Congresso, trata-se de um evento que reunirá o pensamento global sobre cidades e arquitetura, no qual serão discutidas propostas para o futuro das cidades.
O congresso abordará a integração entre a arquitetura, construção, habitação, infraestrutura, mobilidade, urbanismo, planeamento urbano e gestão das cidades.
A diversidade cultural, as transformações sociais, as desigualdades e os fluxos migratórios serão os quatro eixos temáticos através dos quais o evento irá centrar-se.
Paralelamente, serão abordadas questões relacionadas com cidades inteligentes, desenvolvimento sustentável, saneamento básico, infraestrutura, mobilidade urbana e património, entre outros.
A cidade do Rio de Janeiro, que por ser sede da iniciativa foi nomeada “Capital Mundial da Arquitetura” em 2020 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, em inglês) e pela União Internacional dos Arquitetos (UIA), também será anfitriã do Fórum Mundial das Cidades.
Este fórum acontecerá entre os dias 17 e 18 de julho, reunirá os governantes locais das 26 cidades que já acolheram o congresso, assim como de Copenhaga, na Dinamarca, que será a próxima anfitriã do evento mundial de arquitetura.
Assim, os governantes de cidades como Seul, Tóquio, Berlim, Barcelona, Chicago, Montreal, Cairo, Varsóvia, Cidade do México, Madrid, Paris, Moscovo e Lisboa, entre outras, irão reunir-se no próximo ano para apresentar projetos desenvolvidos nas suas cidades, partilhar experiências e falar sobre o futuro das metrópoles, na “cidade maravilhosa”, nome como é conhecido o Rio de Janeiro.
O programa oficial começará na tradicional festa de ‘reveillón’, onde o congresso será anunciado depois de receber o novo ano, na icónica praia de Copacabana.
O Carnaval também se associa ao congresso, com a escola de samba Unidos da Tijuca a sediar no próximo ano o tema “onde os sonhos vivem”, dedicado à arquitetura e ao urbanismo.
Museus, bibliotecas e lugares emblemáticos da cidade, como a casa de Roberto Burle Marx, o conceituado artista e paisagista brasileiro que fez da sua casa um local emblemático, indicado a Património da Humanidade da Unesco, serão alguns dos locais onde também acontecerão atividades do congresso.
Rio de Janeiro, que ganhou a sede do congresso numa disputa com Paris (França) e Melbourne (Austrália), foi selecionada pela “sua eclética coleção de marcos arquitetónicos, que vão do colonial ao futurista, juntamente com belezas naturais num grande centro urbano”.
Segundo um dos organizadores do evento, a capital fluminense, onde são evidentes fortes contrastes sociais, representa um desafio de sustentabilidade e qualidade de vida que todo o “pensador urbano deve levar em consideração”.
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