"Ainda ensaiaram falar connosco, mas, na prática, foi um teatro. Só não sei se foi uma peça completamente pensada, ou se foi de forma parcial. Foi uma encenação, pois o que queriam eram fechar o acordo com a esquerda", afirmou Rui Rio.
O líder dos social-democratas, que esta tarde participou na festa do 45.º aniversário da JSD, que decorreu na Trofa, no distrito do Porto, apontou que neste âmbito da Lei de Bases da Saúde foi visível "um PS completamente encostado à esquerda".
"Foi sintomático de que este PS está com muita dificuldade em dialogar ao centro de forma moderada, e está completamente encostado ao Bloco de Esquerda e ao PCP", notou Rui Rio.
O dirigente do PSD não se mostrou confiante em que a revisão da lei acertada pelos partidos de esquerda possa melhorar o Serviço Nacional de Saúde, vincando que a legislação anunciada merecerá o voto negativo do seu partido.
"O SNS tem funcionado muito mal e não é a lei de bases que o vai alterar, embora possa dar pistas importantes. Acho muito mal quando querem fechar, completamente, a participação e complementaridade dos privados e da área social", disse Rui Rio.
Nesse sentido, o presidente do PSD afirmou que "cabe ao eleitorado [nas próximas eleições legislativas de outubro] saber se quer um PS encostado à esquerda e sem capacidade dialogar ao centro, ou fazer uma escolha diferente".
Ainda questionado sobre a posição que espera do Presidente da República na altura da análise a esta revisão Lei de Bases da Saúde, Rui Rio não quis fazer comentários para que tal não seja interpretado como pressão".
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