Numa informação colocada no sítio da Internet da autarquia e divulgada à comunicação social, o município refere que, juntamente com as Câmaras de Viseu, Mangualde e Penalva do Castelo e o Governo “se estão a promover todas as medidas necessárias a minimizar as consequências de falta de água”.
Segundo a autarquia, estão a ser promovidas “alternativas que garantam o maior grau possível de normalidade no abastecimento”.
Na segunda-feira, o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, admitiu o risco iminente de escassez de água nos concelhos servidos pela Barragem de Fagilde, no distrito de Viseu, se continuar a não chover.
Em declarações aos jornalistas, Carlos Martins realçou como "nota de preocupação" a situação na Barragem de Fagilde, que assegura parte do abastecimento de água aos concelhos de Viseu, Mangualde, Nelas e Penalva do Castelo.
A Câmara de Viseu adotou, no final de julho, um plano municipal de contingência para diminuir consumos de água, atendendo a que a disponibilidade de água na barragem de Fagilde já estava a ser afetada devido à seca.
O objetivo do plano foi “responder à incerteza e imprevisibilidade da duração e severidade do estado de seca e salvaguardar os ‘stocks’ de água necessários ao abastecimento às populações”.
Entre as medidas implementadas estavam “a otimização da capacidade de armazenamento da barragem de Fagilde, a redução das pressões na rede pública de distribuição de água e a reativação de furos de água para abastecimento de subsistemas e para rega de jardins públicos”.
O município reduziu também os períodos e volumes de água utilizados na rega de espaços verdes públicos e lavagens urbanas, entre outras medidas.
O executivo camarário de Viseu tem insistido “na urgência e prioridade do aumento da capacidade de armazenamento da albufeira de Fagilde”, que por várias vezes foi comunicada ao Estado, e na construção da nova barragem no Vouga, um projeto que junta os municípios de Viseu, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Sátão, Vila Nova de Paiva, Vouzela e São Pedro do Sul.
A 11 de setembro, esses oito municípios celebraram um acordo para a constituição de uma empresa intermunicipal de abastecimento de água e saneamento que permitirá, até ao final do ano, apresentarem uma candidatura a fundos comunitários.
O objetivo é criar condições para a realização de investimentos estruturantes no sistema de armazenamento, tratamento e distribuição de água. Entre eles estão o reforço da capacidade da barragem de Fagilde, a construção futura da barragem do Vouga e a sua exploração eficiente e integrada.
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