Em comunicado, a APS referiu ter realizado um “primeiro apuramento dos danos cobertos por contratos de seguro, consequência dos trágicos incêndios do passado mês de junho na zona Centro do país, sobretudo nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos”.
Foi registada a participação de 423 sinistros cobertos por apólices de seguros, o que se traduz num “valor agregado de danos (pagos ou provisionados) da ordem dos 18,8 milhões de euros”.
“A grande maioria destas indemnizações é suportada por seguros de multirriscos comércio e indústria”, ao incluir 26 processos abertos e 11,9 milhões de euros de danos apurados”, segundo a associação.
Neste processo estão ainda seguros multirriscos habitação, que abrangem 285 processos, num total de 3,3 milhões de euros de danos.
“Foram ainda participados 21 sinistros por acidentes de trabalho e acidentes pessoais cobertos por apólices de seguro, com 1,5 milhões de euros de danos apurados e 15 sinistros ao abrigo de apólices de seguros de vida, correspondendo-lhes cerca de 919 mil euros de valores pagos ou provisionados, à data da recolha da informação”, lê-se ainda o comunicado.
“É possível que estes números venham ainda a subir, pelo que a informação agora prestada deve ser considerada provisória”, segundo a APS, que recordou que as habitações com seguro de cobertura de risco de incêndio ficam isentas de franquias contratuais.
Serão ainda calculadas as indemnizações devidas nos termos gerais para estas habitações se houve casos de infrasseguro (seguro feito por valor inferior ao valor da habitação, na denominada regra proporcional).
Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.
Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.
Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.
Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta.
Comentários