A arguida, que está acusada de dois crimes de coação agravada na forma tentada, um de detenção de arma proibida e dois de ameaça agravada, optou por remeter-se ao silêncio na primeira sessão do julgamento.
Os factos remontam a junho de 2017, quando a arguida destruiu várias flores que tinham sido plantadas pelos seus vizinhos, num terreno situado entre a casa daqueles e a sua, em Bustos, no concelho de Oliveira do Bairro, no distrito de Aveiro.
De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), a arguida terá dito na altura aos vizinhos que o terreno lhe pertencia em exclusivo e não permitiria que ali fosse plantado nada, chegando a empunhar uma enxada na direção dos mesmos.
O MP diz ainda que a mulher, trabalhadora agrícola reformada, ameaçou o casal de vizinhos com uma pistola de alarme, pronta a disparar.
A arguida terá voltado a repetir as ameaças de morte, acompanhadas de injúrias, em setembro do mesmo ano.
A GNR, na sequência de uma queixa, procedeu à apreensão de duas armas de fogo na residência da septuagenária que, segundo a acusação, agiu com intenção de intimidar os vizinhos, provocando naqueles o “receio de morte e intranquilidade permanente”.
Durante a primeira sessão do julgamento, foi ouvida a vizinha que disse ter deixado de morar naquele local devido aos desentendimentos com a arguida, confirmando as ameaças de morte que ela e o ex-companheiro sofreram.
O elemento masculino do casal vizinho deduziu um pedido cível de 1.500 euros.
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