“O plenário decidiu aceitar a proposta da empresa, ou seja, 685 euros em julho e agosto, e depois 700 euros a partir de setembro e até ao final do ano”, adiantou à Lusa João Saúde, da Fectrans – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
Segundo o sindicalista, a rodoviária da península de Setúbal deu também a garantia de se iniciarem já as negociações sobre outros pontos, como o trabalho extraordinário, as diuturnidades e o subsídio de alimentação.
“Com base nessa garantia do senhor administrador, os trabalhadores deram aval aos sindicatos para suspender a greve”, referiu, acrescentando que a paralisação vai manter-se neste primeiro dia (hoje) e só está suspensa na quarta-feira.
A proposta com o novo valor salarial foi feita aos sindicatos na semana passada, mas só hoje, no primeiro dia de greve, foi comunicada aos cerca de 500 trabalhadores que estiveram reunidos em plenário, na sede da empresa, em Almada, no distrito de Setúbal.
Os sindicatos estão desde as 13:00 reunidos com o novo administrador da TST, José Pires Fonseca, que iniciou funções em 03 de junho.
A agência Lusa tentou contactar a administração da empresa, mas não foi possível obter declarações.
Os motoristas da TST iniciaram hoje uma greve de 48 horas, pelo quarto mês consecutivo, a qual está a registar uma adesão de 95% e a causar supressão de carreiras em toda a península de Setúbal, incluindo as ligações a Lisboa.
O aumento salarial para 750 euros tem sido a principal reivindicação destes trabalhadores, que dizem receber os “ordenados mais baixos” no setor rodoviário na Área Metropolitana de Lisboa.
A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua atividade na península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos: Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.
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