A ASPP deixou o alerta num ofício enviado hoje a José Luís Carneiro, no qual especifica que o ministro tem cometido “ao longo do mandato várias gafes em algumas posições públicas e opções políticas”, evidenciando “desconhecimento ou má assessoria”.
Em declarações à Lusa, o presidente da ASPP disse que “têm sido várias as gafes por parte do ministro”, tanto nas opções políticas, como nas intervenções, que só demonstram “falta de acompanhamento das matérias” e “desconhecimento da realidade da PSP”.
“A comunicação política para o exterior do ministro não reflete a vida real das esquadras”, que não têm condições e com um efetivo desmotivado, sublinhou Paulo Santos.
O caso mais recente é o anúncio dos polícias poderem usufruir dos refeitórios das universidades, o que demonstra, segundo o sindicalista, “um desconhecimento brutal do funcionamento da PSP” e “não vai ter qualquer efeito prático”.
“Desde a referência a suplementos remuneratórios que os polícias não recebem, à valorização da componente de risco, quando esta é fixa, às verbas dos serviços sociais e mais recentemente ao funcionamento da PSP no que diz respeito às refeições nas universidades, são demasiadas as gafes do ministro da Administração Interna”, sustenta a ASPP.
No ofício, o maior sindicato da polícia enviou também ao ministro José Luís Carneiro uma cópia da lei sindical da PSP "para que nas próximas intervenções esteja informado da legislação necessária", depois de ter afirmado, a propósito da reestruturação do SEF, que os sindicatos não se devem imiscuir na componente operacional da Polícia de Segurança Pública.
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