“Os valores apresentados para o suplemento de risco dos polícias são prova evidente que mesmo dentro do Governo estamos perante um ministro enfraquecido e sem poder, que nem sequer consegue junto do Ministério das Finanças obter as verbas necessárias para a atribuição, de um valor digno e justo para pagar aos polícias que trabalham sobre a sua tutela”, refere o Sinapol, em comunicado.
Na quinta-feira, o Ministério da Administração Interna (MAI) apresentou aos representantes dos sindicatos da Polícia de Segurança Pública e das associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana a proposta de montante a atribuir ao subsídio de risco, tal como está previsto no Orçamento do Estado deste ano.
Segundo o MAI, o novo suplemento por serviço e risco nas forças de segurança, que substituirá o atual suplemento por serviço nas forças de segurança, prevê um pagamento adicional para a componente de risco aos elementos da GNR e PSP durante 14 meses e representa mais de 43 milhões de euros de investimento.
O Ministério explica que a proposta apresentada contempla a majoração do valor consoante as funções desempenhadas pelos profissionais da PSP e da GNR.
De acordo com o MAI, a proposta para a componente fixa do suplemento por serviço nas forças de Segurança (atualmente de 31 euros) prevê 100 euros por mês para os elementos em funções de ronda e patrulha, 90 euros para quem têm funções de comando e 80 euros para os restantes operacionais da PSP e GNR.
As estruturas que representam os polícias alegam que, na prática, os elementos da PSP e da GNR só vão ter um aumento de 68, 59 e 48 respetivamente, tendo em conta que atualmente a componente fixa do suplemento de serviço nas forças de segurança é de 31 euros.
O Sinapol refere que também se justifica o pedido de demissão do ministro Eduardo Cabrita, uma vez que é “alguém que chama à atenção, mas lamentavelmente nos últimos meses sempre pelos piores motivos, o que indiretamente também causa prejuízos à imagem, credibilidade e dignidade dos que trabalham na PSP e GNR”.
“Lamentamos que ao longo dos anos em que Eduardo Cabrita foi ministro da Administração Interna, nunca tenha sido um ministro solucionador de problemas, mas sim alguém que manifestamente só tem piorado a situação profissional dos polícias”, precisa o sindicato.
O Sinapol refere ainda que espera que o primeiro-ministro “perceba que tem de rapidamente indicar para ministro da Administração Interna alguém com credibilidade e vontade de trabalhar com os sindicatos de polícia no melhoramento das condições profissionais dos policias, a bem da segurança pública, dos cidadãos e de Portugal”.
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