“A Fox é responsável por esta campanha de desinformação que prejudicou a democracia em todo o mundo e afetou de forma irreparável a Smartmatic e todos os que contribuem para eleições modernas”, referiu em comunicado Antonio Mujica, editor executivo da empresa com sede em Boca Raton, na Florida.
O processo, com 276 páginas, deu entrada num tribunal de Nova Iorque e, além da cadeia de televisão, acusa também de difamação Rudy Giuliani e Sidney Powell, advogados de Donald Trump, pelas suas intervenções alegando casos de fraude eleitoral no processo de contagem de votos, sem apresentarem provas e que acabariam indeferidos pelos tribunais.
Após a oficialização da vitória de Joe Biden, várias pessoas do círculo próximo de Donald Trump vieram a público dizer que os resultados eleitorais foram manipulados tendo apontado o dedo ao papel do software de contagem de votos no processo.
Tal como refere a Agência France Press, o advogado Sidney Powell argumentou que a Dominic e a Smartmatic, cujos serviços foram usados nesta eleição, tinham tido um papel fundamental no que classificou ser uma campanha internacional para travar a reeleição do Presidente cessante.
Nenhuma dessas afirmações e acusações viria a ser provada, sendo que os serviços da Smartmatic apenas foram usados no condado de Los Angeles.
A Smartmatic, acusa, por isso, a Fox News de ter “oferecido aos seus milhões de telespetadores e leitores uma história: Joe Biden e Kamala Harris não venceram a eleição. A Smartmatic roubou-a para eles”.
“A história deles era uma mentira”, refere a empresa no processo que hoje deu entrada num tribunal de Nova Iorque, salientando que os visados sabiam que era mentira.
Entre o rol de acusados estão ainda três apresentadores: Jeanine Pirro, da Fox News, e Maria Bartiromo e Lou Dobbs, do canal Fox Business, da mesma cadeia.
Em declarações à AFP, um porta-voz da Fox News afirmou que o canal está “orgulhoso” da cobertura “da eleição de 2020” a afirmou que se defenderá “vigorosamente em tribunal contra esta ação infundada”.
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