“O ICNF está a financiar apoios à aquisição de cães de gado, como é o caso do transmontano, para a guarda dos rebanhos”, indicou à Lusa a diretora regional do Norte do ICNF, Sandra Sarmento.
Os pastores do Planalto Mirandês, no distrito de Bragança, estão apreensivos devido ao número crescente de ataques de lobos nas imediações das localidades e desde janeiro há registo de seis ocorrências tratadas pelas equipas de vigilantes da natureza do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), sendo que quatro delas foram registadas no concelho de Mogadouro.
Contactada pela Lusa, Sandra Sarmento explicou que o lobo ibérico é uma espécie protegida, sendo um predador de topo, e que, segundo os últimos censos, ainda por publicar, existe um efetivo de 300 animais desta espécie, só na região Norte.
“O lobo ibérico é predador de topo que contribuiu para o equilíbrio das populações e o ICNF tem um responsabilidade acrescida na sua proteção”, vincou a responsável.
Sandra Sarmento acrescentou ainda que o ICNF tem que garantir um conjunto de cuidados, para evitar que os lobos se aproximem dos rebanhos e das aldeias onde estes são pastoreados, com recurso a cães de gado ou cerca elétricas.
Na segunda-feira, o ICNF avaliou um alegado ataque de lobos a um rebanho em Vila de Ala, em Mogadouro, após a morte de seis ovelhas e três cordeiros, cujo proprietário descreveu como “um ataque perto das primeiras casas à entrada da aldeia”.
O proprietário do rebanho atacado na segunda-feira, Mário Mora, afirmou à Lusa acreditar que, "pela mordida" se tratou de um ataque de "um lobo ou lobos" aos seus animais.
“Do ataque resultou a morte de um carneiro, seis ovelhas e algumas crias de um mês ou dois”, indicou, acrescentando que esta foi a primeira vez que os seus animais foram atacados.
Sandra Sarmento garantiu que, com o apoio de cães de gado, os ataques de lobos são repelidos, em grande parte.
Ataques de lobo junto a aldeias do Douro Internacional deixam pastores apreensivos
Os pastores do Planalto Mirandês, no distrito de Bragança, mostram-se apreensivos devido ao número crescente de ataques de lobos nas imediações das localidades, que acontecem no território da área protegida do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).
A secretária técnica da Associação de Criadores de Raça Churra Mirandesa, com sede em Malhadas, no concelho de Miranda do Douro, Andrea Cortinhas, disse à Lusa que têm havido relatos de associados relacionados com o ataque de lobos, havendo vários produtores visados, o que deixa os pastores apreensivos.
“Em janeiro houve o registo de um ataque de lobos nas imediações, a cerca de 50 metros da sede da nossa associação, muito próximo da aldeia de Malhadas, que resultou na morte de 10 animais adultos e vários cordeiros. Há outro relato em São Martinho do Peso, no concelho de Mogadouro, em que um jovem produtor ficou sem metade do seu efetivo”, explicou a técnica.
“Estes alegados ataques de lobos traduzem-se em perdas brutais para os pastores e produtores de gado ovino, porque se trata de um património genético de grande valor e que se está a perder, isto aliado ao prejuízo financeiro para as explorações pecuárias”, vincou Andrea Cortinhas.
A técnica defende, por isso, o diálogo entre produtores pecuários, associações pró-lobo e o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), entre outras entidades ligadas ao meio ambiente e conservação da natureza.
“Penso que vamos ter de nos sentar à mesa para discutir em concreto medidas a adotar. Nós entendemos que devemos proteger o lobo ibérico, tal como a preservação da Raça Churra Mirandesa. Por este motivo, os pastores terão de ser ressarcidos pelos prejuízos causados pelo lobo”, indicou Andrea Cortinhas.
Na segunda-feira, o ICNF avaliou um alegado ataque de lobos a um rebanho em Vila de Ala, em Mogadouro, após a morte de seis ovelhas e três cordeiros, cujo proprietário descreveu como “um ataque perto das primeiras casas à entrada da aldeia”.
De acordo com o ICNF, a peritagem efetuada será submetida a análise técnica e, caso se confirme que o prejuízo foi provocado pelo lobo, o proprietário receberá a respetiva indemnização
Desde janeiro há registo de seis ocorrências semelhantes tratadas pelas equipas de vigilantes da natureza do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), sendo que quatro delas foram registadas no concelho de Mogadouro, no distrito de Bragança.
O proprietário do rebanho atacado na segunda-feira, Mário Mora, afirmou à Lusa acreditar que, "pela mortdida" se tratou de um ataque de "um lobo ou lobos" aos seus animais.
“Do ataque resultou a morte de um carneiro, seis ovelhas e algumas crias de um mês ou dois”, indicou, acrescentando que esta foi a primeira vez que os seus animais foram atacados.
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