O SOS SADO considera que "a empreitada, promovida pela administração do porto de Setúbal e apoiada pelo Governo, irá causar danos irreversíveis no ecossistema setubalense" e alega que as "repercussões nefastas" das dragagens "não foram devidamente identificadas e aprofundadas em sede de Estudo de Impacte Ambiental, pelo que reclamam a sua suspensão imediata".
A providência cautelar do movimento SOS SADO para tentar travar as dragagens no porto de Setúbal é a segunda a dar entrada no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Almada.
No passado dia 14 de setembro, deu entrada no mesmo tribunal uma primeira providência cautelar para tentar impedir as dragagens, que ainda está por decidir, apesar de já ter sido indeferido o pedido para a suspensão cautelar das obras de alargamento e aprofundamento do canal de navegação do estuário do Sado.
A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra tem um projeto, já aprovado, para iniciar dragagens no rio Sado, a fim de retirar 6,5 milhões de metros cúbicos de areia.
O objetivo é alargar o canal de navegação do estuário do Sado.
Contudo, associações ambientalistas e muitos setubalenses receiam que as dragagens previstas possam ter graves consequências para o ambiente, designadamente para as pradarias marinhas, que são o `berçário´ de muitas de espécies de peixe e que possam levar ao desassoreamento das praias da Arrábida e ao desaparecimento da já reduzida comunidade de golfinhos-roazes, uma das maiores atrações do estuário do Sado.
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