“Fala-se nos bastidores de mandados de detenção para eu ser ouvido, eu fui ao DCIAP e aqui para dizer que cá estou, como sempre estive, para dar todas as informações que necessitarem, não são necessários mandados, absolutamente nada”, disse à saída, no Campus da Justiça, em Lisboa.
O antigo presidente do Sporting, destituído em Assembleia Geral realizada em 23 de junho, explicou que foi primeiro ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e depois ao DIAP, mas que o processo ainda está no juiz de instrução.
“A partir daí não pudemos falar sobre o processo, que ainda está no juiz de instrução. (...) Vim demonstrar, de forma voluntária, que não é preciso nada, é dizerem que precisam de falar comigo e vou onde for preciso”, acrescentou.
O antigo dirigente disse ainda que se continua na “senda” da sua culpabilidade em relação às agressões a futebolistas na Academia de Alcochete, em 15 de maio, por adeptos do clube lisboeta, mas garantiu, uma vez mais, nada ter a haver com o caso, que tem 38 detidos em prisão preventiva.
"[Se teve conhecimento do ataque?] Não, absolutamente nada, a não ser quando me vieram avisar que aquilo tinha acontecido e nessa altura fui para a academia”, reiterou Bruno de Carvalho.
O ex-líder dos ‘leões’ disse também ser uma coincidência a sua ida ao DIAP, um dia após a detenção de Bruno Jacinto, antigo oficial de ligação aos adeptos, no âmbito do ataque em Alcochete.
“É uma mera coincidência, porque ontem [quarta-feira] chegou-me ao conhecimento que haveria um mandado para esta sexta-feira, eu não necessito de mandados. Não tenho medo de nada. Você gostava de ir parar ao calabouço? Tem a ver com personalidade e caráter”, acrescentou.
Bruno de Carvalho disse ter cinco anos e meio de Sporting e reafirmou ter a consciência tranquila em todos os assuntos, “das autorias forenses, do ‘cashball’ ou do ataque à Academia de Alcochete”, mantendo-se disponível para a justiça.
A acompanhar Bruno de Carvalho esteve o advogado José Preto, que disse ter sido apresentado um requerimento do ex-presidente para se colocar à disposição da justiça no que fosse útil e apurar se existe fundamento nos rumores que apontavam para a existência de um mandado.
“O requerimento que o doutor Bruno de Carvalho formulou por meu intermédio era no sentido de se pôr à disposição da Procuradoria para o que fosse útil. Havia rumores que um mandado de detenção estaria a preparar-se. Não se confirma, tanto não se confirma que estamos os dois aqui fora", disse o advogado.
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