“O submarino sofreu uma implosão. Encontra-se alojado numa cavidade a mais de 900 metros de profundidade, o que impediu a sua localização pelos radares”, disse Gabriel Attis, avançando existirem três imagens autorizadas pela justiça para serem mostradas aos familiares das vítimas, tiradas durante a descoberta, da vela, da hélice e da seção da proa.
Um ano e um dia depois do seu desaparecimento, o submarino foi descoberto na sexta-feira, no Oceano Atlântico.
O responsável escusou-se a avançar sobre a possibilidade de retirar do fundo do oceano os restos do aparelho, uma das exigências dos familiares das 44 vítimas.
“Agora temos de ver em que estado está o casco e o que se pode fazer. Não acredito ser conveniente, de momento, avançar uma resposta a esse respeito”, acrescentou.
Gabriel Attis fez as declarações à saída do hotel onde se encontram parte dos familiares das vítimas, a quem informou pormenores da descoberta, e deslocou-se, posteriormente, para a base naval, onde estão outras pessoas próximas das vítimas, para lhes fornecer os mesmos dados e mostrar-lhes fotos.
O capitão assinalou que o submarino se encontra “num lugar profundo”, alojado “numa cavidade de 907 metros”.
“Por isso estava oculto aos sonares”, precisou o responsável, acrescentando que o lugar onde se encontra “é onde devia estar às 10:53, do dia 15 de novembro de 2017, na área 1, a zona de busca onde tudo começou”.
No final de 2017 e no início de 2018, navios de uma dúzia de países tinham tentado localizar o submarino, sem sucesso, e a Marinha argentina prosseguiu a busca com poucos recursos.
“Agora é outro capítulo que se abre. Depois de analisar o estado do submarino, vamos ver como vamos proceder”, acrescentou o porta-voz.
A 15 de novembro de 2017, o submarino, de fabrico alemão, comunicou pela última vez a sua posição, quando regressava do porto austral de Ushuaia à sua base no mar da Prata.
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