Capoulas Santos recordou que foi na suinicultura que encontrou a situação mais difícil quando começou a tutelar a área, por “há muitos meses os produtores virem a perder dinheiro porque o custo de produção era inferior ao preço de mercado”.
“Felizmente foi possível inverter essa situação e a abertura deste mercado [chinês] é muito importante porque permitirá escoar – desejo que a preços razoáveis – e equilibrar os preços em Portugal”, afirmou à Lusa.
Segundo o ministro, este processo foi demorado e complexo, uma vez que as “autoridades chinesas são muito exigentes da perspetiva higiénico-sanitária, pelo que implicou visitas, verificação de locais de produção”.
“Atualmente, a China tem processos negociais com 150 países. Só no caso português temos mais de uma dezena de produtos (…) Temos consciência de que somos um pequeno fornecedor naquele vastíssimo mercado, mas aquilo que pode ser pequeno para o mercado chinês, é muito importante para o mercado português”, afirmou o governante à Lusa.
O diálogo com a China vai continuar agora para permitir exportação de fruta, como os citrinos, uvas, maçãs e peras, mas também para mel, cavalos e produtos transformados de carne de porco, como enchidos.
Atualmente, Portugal exporta vinho e produtos lácteos, lembrou o governante.
Na cerimónia pública de formalização da abertura do mercado chinês à carne de porco portuguesa esteve o vice-ministro chinês da Agricultura e também presidente da Sociedade de Investigação para a Biossegurança das Fronteiras, Wang Wei.
No seu discurso, o responsável chinês considerou ser uma “data importante e que todos devem ficar contentes, sobretudo os suinicultores portugueses”.
“Este é o resultado do empenho dos dois lados, ao longo do tempo”, afirmou ainda Wang Wei, confirmando o diálogo com as autoridades portuguesas com vista a mais exportações de alimentos.
Na intervenção oficial, Capoulas Santos agradeceu a presença da delegação com elementos de “nível muito elevado”, pois revela a importância do acordo.
“Estou certo que os consumidores chineses ficarão muito contentes com este acordo quando provarem a carne”, garantiu.
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