Numa cerimónia faustosa, no palácio nacional de Kuala Lumpur, residência oficial do monarca, Abdullah de Pahang, de 60 anos, apresentou-se vestido com um traje tradicional preto e bordados em ouro.
O sultão e a mulher percorreram várias áreas do palácio até entrarem na sala principal, onde eram esperados por cerca de 700 convidados. Ali, sentaram-se no trono, onde foram coroados, após uma breve cerimónia acompanhada pelo som de flautas e tambores.
No primeiro discurso, proferido após a coroação, o rei da Malásia prometeu trabalhar para “promover a unidade e a tolerância entre todas as raças e religiões” do país. O discurso foi também transmitido em direto pela televisão malaia.
A cerimónia contou com a presença de sete dos oito restantes sultões da Malásia, além de representantes do Governo federal e dos 13 estados e três territórios que compõem a nação.
Os sultões sucedem-se no trono a cada cinco anos, de acordo com um sistema de rotatividade da monarquia deste país de maioria malaio-muçulmana, que ganhou a independência do Reino Unido em 1957.
A nomeação de Abdullah aconteceu depois de Muhammad V, sultão de Kelantan, de 49 anos, ter renunciado inesperadamente, a 06 de janeiro passado, ao trono, após dois anos no cargo e após o divórcio da mulher, a modelo russa, de 25 anos, Oksana Voevodina.
A linhagem dos sultões da Malásia remonta aos sultanatos malaios do século XV.
Para os muçulmanos do país, 60% dos cerca de 28 milhões de habitantes, o rei, um cargo protocolar e de representação do país em atos oficiais, é visto como patriarca da etnia malaia, e como uma referência para as etnias chinesa, índia e aborígene.
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