Este domingo foi para o ar o segundo episódio de 'SuperNanny', e se por um lado a SIC pode dizer que ganhou batalha das audiências da noite de domingo, por outro perdeu o principal patrocinador do formato, a Corine de Farme, marca comercializada pelos Laboratórios Sarbec Portugal.
O formato foi, aliás, transmitido no passado dia 21 de janeiro já sem nenhum apoio associado. “Confirma-se. Já não iremos patrocinar mais nenhum episódio deste programa”, garantiu Sara McLeod, gestora de produto e comunicação da marca, ao Meios e Publicidade.
Já durante a semana passada, perante a polémica instalada após a estreia do programa que levou, inclusive, a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) a falar num “elevado risco” de violação dos direitos das crianças", posição igualmente tomada pelo Instituto de Apoio à Criança e UNICEF, McLeod tinha afirmado à Visão que "o tumulto social em torno do mesmo não é compatível nem com a imagem da nossa empresa, nem com os nossos objectivos comerciais”.
O formato foi o programa mais visto da noite de domingo, alcançando uma audiência de 12,9 por cento e um share de 26 por cento.
A polémica em torno do programa estalou depois da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) ter considerado “existir um elevado risco” de o programa da SIC 'Supernanny' [super ama] “violar os direitos das crianças”, nomeadamente o direito à reserva da vida privada. Mais tarde, a Ordem dos Psicólogos veio confirmar a recepção de queixas, que estão a ser analisadas pelo Conselho Jurisdicional da Ordem e que podem dar origem a um processo contra Teresa Paula Marques, o rosto deste programa. Confrontada com esta polémica a psicóloga clínica disse não estar em SuperNanny como psicóloga, remetendo explicações adicionais para a SIC e para a produtora Warner Bros. TV Portugal. Em resposta à polémica, a SIC afirmou que o programa "Supernanny" cumpre a lei e que não é exibicionista, seguindo um formato exibido em vários países "onde os padrões de proteção dos direitos dos menores não se revelam menos exigentes” do que em Portugal. Ainda no âmbito desta polémica, a ERC confirmou igualmente a recepção de queixas, e o Instituto de Apoio à Criança e UNICEF criticaram o programa da SIC.
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