Suzana Garcia apresentou-se hoje à corrida à presidência da autarquia numa cerimónia que decorreu no parque central da Amadora, numa coligação que junta PSD, CDS-PP, Partido Democrático Republicano (PDR), Aliança e Partido da Terra (MPT).
O início da cerimónia ficou marcado pela queda do ecrã gigante colocado no local, devido ao vento que soprava, tendo a candidata, aquando do seu discurso, referido que o que apelidou de “percalço”, eram já “os ventos de mudança que se faziam sentir”.
“Não sou política, não quero ser política, quero ser a presidente da Amadora por um imperativo de consciência e compromisso convosco amadorenses”, disse Suzana Garcia, frisando que a sua missão “era a Amadora e os amadorenses” com os quais espera “poder mudar a cidade”.
Suzana Garcia garantiu, perante um vasto público que assistiu no anfiteatro do parque ao ar livre, ser “ambiciosa e rica” pois conta com os amadorenses consigo no projeto que defende para a quarta maior cidade do país.
A candidata comprometeu-se a “romper com décadas de insegurança” no concelho, com a criação da nova esquadra para a PSP da Amadora, uma promessa feita em 2009 por José Sócrates, frisando que irá rasgar o protocolo então assinado e fazer acontecer.
“Não podemos esperar mais”, sustentou. A candidata do PSD à Amadora é advogada e foi comentadora da TVI, onde manifestou posições polémicas como o apoio à castração química para pedófilos reincidentes, que tem sido defendida em Portugal pelo partido Chega e não tem o acordo do PSD.
Suzana Garcia rejeitou a designação do bairro da Cova da Moura como uma “favela democrática”, frisando não haver “nada de democrático numa favela” e, sublinhando, que será aqui que a voz da Amadora se irá ouvir.
“A mudança já começou à medida que oiço as populações. Não aceito, não admito e não tolero um horizonte temporal de 14 anos para a resolução dos problemas da Cova da Moura e da Encosta da Paiã”, disse, criticando a atual presidência da autarquia.
De acordo com a candidata, no seu mandato “não haverá mais bairros sociais mal planeados que não se integrem novas soluções às famílias de barracas ou habitações precárias, serão criativas e ousadas”, garantido que ninguém viverá numa casa em que ela própria não viveria.
A candidata lembrou ainda que os jovens e os idosos não vão ser esquecidos, prometendo 1.500 bolsas de estudo, e uma política de mais e maiores apoios gratuitos para as gerações mais velhas, desde ao lazer à mobilidade.
A saúde também não ficou esquecida no discurso, com Suzana Garcia a lembrar os problemas existentes no concelho, comprometendo-se a investir em médicos de família e valências de saúde primária.
A candidata comprometeu-se, igualmente, em ser “orgulhosamente o primeiro município português com multinacionalidades”, salientando que o seu executivo “será o reflexo do município”, onde se juntam várias raças e vários credos.
Suzana Garcia prometeu também mudar-se e viver na Amadora, tecendo criticas à atual presidente que não mora no concelho, referindo querer “caminhar nas ruas” e sentir quem vive na Amadora sente.
As eleições autárquicas estão marcadas para 26 de setembro.
(Notícia atualizada às 22:36)
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