Almerindo Rego, do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, disse que hoje as quatro estruturas sindicais estiveram reunidas com o Governo no Ministério da saúde, não tendo chegado a acordo sobre “as matérias em aberto”.
“Não houve acordo nas matérias relativas às tabelas salariais, transições para nova carreira e sistema de avaliação. A proposta do Governo coloca-nos numa posição salarial pior do que aquela em que estamos atualmente”, afirmou o sindicalista.
As quatro estruturas sindicais decidiram marcar dois dias de greve nacional para este mês, sendo que o dia 25 coincide com a paralisação dos trabalhadores da saúde, agendada pelos sindicatos afetos à CGTP.
Os sindicatos dos trabalhadores da saúde afetos à CGTP vão estar em greve no dia 25 de maio, uma paralisação que não abrange médicos nem enfermeiros.
Técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica concentram-se em Coimbra no mês passado contra a falta de reconhecimento por parte do Governo, considerando que a tutela quer criar uma carreira que não traduz a realidade da profissão.
No ano passado, sindicatos e governo chegaram a acordo, em novembro, pelo que estes profissionais decidiram suspender uma greve que durou 24 dias.
Após 23 dias de greve, os sindicatos que representam os técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica reuniram-se com a tutela.
Mais de 200.000 utentes foram afetados pela paralisação dos serviços, durante a qual os profissionais protestaram frente a hospitais em Lisboa, Porto e Coimbra.
Os principais efeitos da greve sentiram-se no adiamento de exames de rotina, mas também nas consultas externas.
Um dos protestos foi realizado a 09 de novembro no Porto por cerca de 100 técnicos de diagnóstico e terapêutica, em greve por tempo indeterminado desde 02 de novembro, para reivindicar a regulamentação da carreira profissional que esperavam há 18 anos.
Iniciativa idêntica aconteceu no mesmo dia em Coimbra, junto aos Hospitais da Universidade, com os manifestantes a exigirem “dignidade e igualdade”, o mesmo se passando em Lisboa, frente ao Hospital de Santa Maria.
O protesto levou à intervenção do primeiro-ministro, António Costa, que prometeu aos manifestantes que iria falar com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e com o ministro das Finanças, Mário Centeno, sobre as reivindicações.
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